Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


terça-feira, 24 de agosto de 2010

O acidente da Nina

Três dias depois de me casar e no dia em que eu viajaria com o Cid, fomos almoçar comida mineira na casa da mamãe, Cid, eu e a avó dele. U-ma de-lí-cia!!!
Pela manhã, saimos para resolver algumas coisas e a tarde ainda tínhamos tantas outras além de fecharmos a nossa mala, afinal eu tinha nada mais, nada menos que 98kg de bagagem que seriam transportadas de ônibus, carro, avião, lancha e por fim na camionete do Cid, até de fato chegarmos em nossa cidade.
Já na hora da sobremesa e ainda sentados à mesa, Rafael, meu irmão, veio se despedir de nós, porque ele tinha que voltar ao trabalho. Cid se levantou para despedir e a cadeira tombou para trás em uma velocidade tão repentina, que a minha arisca Nina não conseguiu correr a tempo. Só escutei seus gritos. Levantei-me, danei a gritar e comecei a rodear a mesa para pegá-la. Ela correu mancando. Debaixo de um móvel, puxei-a pela cabeça e a segurei no colo. Tentei pegar na patinha. Mais grito. Meu pai, o Cid e sei lá mais quem, me disseram que não era nada e que por isso que a Nina é manhosa, porque eu a ensino reagir dengosamente.
Levei-a para o quarto da mamãe e a coloquei em cima da cama. Ela saiu de perto de mim e desceu com uma pata só. Me descontrolei totalmente. Fui na cozinha e pedi para o Cid que pelo amor de Deus, me levasse com a Nina a um hospital.
Mamãe, assistindo ao meu show até então calada, danou a gritar comigo e a me mandar parar com aquilo. Pediu a Cid para levar a avó em casa, tomar um banho e voltar. Nanda e o namorado dela me levaram a uma clínica, a primeira mais próxima de casa.
Os três médicos veterinários que a atenderam, tinham estudado com o Cid. Me reconheceram e conversaram comigo. Aplicaram morfina na Nina e tiraram raio-X. Eles tiveram que puxar a pata dela em duas posições e a bichinha gritava enquanto eu tremia do lado de fora da sala. Ela teve uma fratura simples, total, na pata dianteira esquerda.
O médico, o primeiro que a atendeu, não quis operá-la, e sugeriu que a levássemos ao Hospital Veterinário.
Já com a mamãe, fomos para lá.
Na portaria começaram uma série de perguntas pertinentes e outras do tipo: vocês agendaram a cirurgia? A Dona Saraiva da mamãe ficou bravíssima e disse: minha filha ela acabou de quebrar, como que eu agendaria?
Com muito custo nos deixaram entrar e esperar sentadas.
Na correria, minha meia fina se desfiou e eu estava parecendo uma Secretária Executiva que foi demitida, sendo jogada do 6º andar. Eu estava arrasada.
Em seguida Cid chegou. O vi descendo do carro. Ele se identificou na portaria e entrou. Em seguida, mandou chamar um médico e logo fomos todos atendidos. Um anestesista (com especialização em dor), leu o raio-x da Nina e solicitou a coleta de exames.
A cirurgia da Nina foi agendada para a quarta-feira seguinte.
Já eram quase 17h quando mamãe pediu para meu marido me levar embora para arrumar as malas. Com compaixão, entreguei a Nina para a mamãe e fui embora com ele.
Mais tarde, chega a mamãe com a Nina quietinha na caixinha.
Mal pude me despedir dela e na viagem perguntei a Cid se a Nina pensaria que eu a estaria deixando, justo agora que ela estava com dor. Cid sorriu, me abraçou e disse que os animais não tem consciência, por isso são animais.
Ainda choro ao pensar nisso tudo.
A parte engraçada da estória é que a mamãe foi ao Hospital visitar a Nina até que ela recebesse alta e depois para aprender a fazer a troca do curativo. Em todas as vezes, a mamãe na portaria:

- Meu nome é Giannete. Ge-i-a-ene-ene-e-te-e. Sogra do médico veterinário Dr. José Cid.


Catapulfiti, o portão se abria prontamente.

Eis o meu dodoizinho:

Da esquerda para a direita:
a cunhada, a sogra do Dr. José Cid
e a sua filhinha.


Aguardando em casa, ser operada.

A tipóia que a vovó colocou.

Pós-operada e tosada

Olhando meio de lado para a foto.

Ontem, com o vovozinho tomando sol.


Nínive
está com tanta saudade da Nina que fica choramingando pelos cantos da casa.

domingo, 22 de agosto de 2010

Reencontro parte 2


Conhecemos-nos em fevereiro de 2004. Namoramos exatos um ano e meio, período em que também ficamos noivos.

Fizemos planos de nos casar e nos prometemos mutuamente. Todavia, as coisas não aconteceram da maneira que tanto sonhamos.

Foi com lágrimas nos olhos, que vimos nosso futuro juntos ser abreviado, com a célebre esperança de que, se realmente fôssemos um do outro, um dia nos reencontraríamos, para nunca mais nos deixarmos.

Seis anos foi o tempo que separados, nos oportunizou o amadurecimento pessoal e a certeza de que pertencemos um ao outro mais do que antes. Mais precisamente desde sempre.

Esse reencontro será compartilhado com todos os nossos queridos, que de alguma forma velou pelo nosso amor e nossa felicidade*.


* parte do texto elaborado por mim, descrito em nosso convite de casamento.


Nínive, agora em casa, atualizará seu blog e se atualizará em toda a blogosfera.
Nínive, agora casada, já é chamada de senhora. Rs.
Nínive, agora feliz, mostra AQUI, todas as fotos desse reencontro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Reencontro

"Eu sempre te achei muito bonita, mas eu tinha me esquecido o quanto você é linda"

Cid, ao pé do meu ouvido, quando do nosso reencontro que aconteceu hoje às 16h.






Pausa 1: Estou morta de cansada. Felicíssima. Amanhã é o nosso casamento!
Pausa 2: Vou tentar dormir. Preciso.
Pausa 3: Nem, PARABÉNS ... tentei te mandar um telegrama, mas não acho meu celular com o seu endereço nem por reza brava.
Pausa 4: Nínive foi comprar um scarpin branco e voltou com uma bota texana ma-ra-vil-ho-sa.
Pausa 5: Não consigo ler meus blogs queridos. Me desculpem.
Pausa 6: Meu pai anda marcando cerrado. Nas suas palavras: "vigiano sua pureza, filha". Tá bom Papaizinho. Tá bom.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Liz

Liz está conosco há uns 7 anos, já pariu quatro vezes e nessas minhas mudanças, acabei perdendo os arquivos de fotos das suas ninhadas. Até nisso o blog ajudará: a manter meus registros escritos e visuais.

Quase não falo dela. É que ela é do meu pai. O dengo dele. Traz um pé do chinelo para ele, pula no seu colo, faz charminho, abre a boca para o vovô dar seu cálcio líquido na seringa, senta para ganhar biscoito e é uma excelente mãe. É a gente ameçar ir lá para o fundo de casa, local onde está a sua maternidade, que ela corre na frente e entra na caixinha. Coisa linda. E a sua prole dá vontade de apertar, morder, nham ....

Espia:

















domingo, 1 de agosto de 2010

Chá de lingerie

Ai que saudade daqui....

Meu chá de lingerie acabou agora a pouco. No fundo de casa está uma bagunça só. Minha cunhada preparou as brincadeiras e foi tudo muito hilário (teve uma brincadeira que me doeu a barriga de tanto rir). Me vestiram de empregada doméstica sexy e me pintaram o rosto. Nos braços, o nome do Cid (demarcando território- rs).

Amor, colocaram a sua foto na mesa, uma que você me deu da época da sua formatura. Você está (e é), lindo demais.

Cada resposta errada eu pagava uma prenda e eu errei quase todas. Paguei toooo-das as prendas. Fiquei feliz, nervosa, ansiosa, emocionada. Minhas amigas queridas - quase todas - estavam aqui.

Para o jantar, uma das minhas comidas prediletas: galinhada. Não, não é cozinhar a galinha e metê-la no arroz com osso e tudo. Só mineiro sabe fazer e eu já estava aguando de vontade de comer.

Vi algumas fotos e filmagens. Impublicáveis. Sexy demais para uma senhora Ferreira. (Mas, ó amor, sua avó disse que você vai gostar de me ver. Sim, a sua avó veio, aliás foi ela quem me pintou).

Ganhei muita lingerie. Tinha mais presente que convidadas, e agora vi tudo com calma. Falando nisso, comecei a ganhar lingerie desde a semana passada. É, pois é, a dona Cida do blog Eu charme, me mandou pelos correios um porta-jóias ma-ra-vi-lho-so que ela mesma faz e em cada divisória, uma lingerie. Ameiamei. Muito obrigada.

Cida, a caixa foi usada em uma das brincadeiras. Quando a peguei, contei sobre você, sobre o nosso blog e a nossa amizade. Abri o bocão a chorar (ando craque nisso). Falei da importância da amizade, do meu sofrimento quando fui para Vitória, e agora, do sofrimento por deixar as amigas que fiz lá. Falei sobre o ciclo da vida de se desfazer e renovar, e que as pessoas sempre ficam. As pessoas verdadeiras, essas sempre ficam. Tenho plena consciência de que quando eu me instalar na minha casa com meu marido, a ficha vai cair e a saudade vai espetar. Se doer, eu vou chorar. Vou sentar e chorar, porque sentir saudade é se emocionar plenamente e eu ... bem, eu sou feita de emoções.


Muah!


Nínive foi pintada com aqueles batons verdes que ficam rosa e duram 24h. Não é possível que ela vai sair para almoçar com o nariz pintado
. Ou é?