Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ou amor. Ou sexo. Ou os dois.



Se tinha uma coisa que me deixava intrigada na questão do amor é: se o sexo é bom, se a companhia é boa, se vira e mexe você vê que a outra pessoa continua sozinha e não com você, se você insiste para que dê certo, dá todas as chances. Recua, avança. Se permite. Aí não aguenta dá um basta. Passa um tempo, volta a atender os insistentes telefonemas e então baixa a guarda e no final das contas você não tem ninguém, mas também não se acha livre e quando se vê (quando se vê!), já passou um tempão e você continua nesse iô-iô. O que fazer?

Uma amiga psicóloga da Martha Medeiros disse certa vez em um reunião de Lulus: " Eu, se fosse você não terminava. Às vezes ficamos mais presas a um amor quando ele termina do que quando nos mantemos na relação". Li essa frase e fiquei boquiaberta. Ao final do texto entendi que não adianta antecipar o término daquilo que não acabou. "Espere a relação chegar até a rapa, e aí sim". Pronto, agora porque eu escrevi e tenho a Marthinha como consultora, você vai [re]começar os telefonemas?

Guenta aí. Estou falando de artimanhas complexas de uma relação que pode ter amor e sexo. Ou , um e outro, tá? Então vamos organizar. O que está bom para você? Curtição? Momento? Beleza, se joga: deixa o bofe puxar seus cabelos, deixa a it girl amolecer seu gingado e faça o que Luis Fernando Veríssimo publicou: Dar é inevitável. Dê mesmo, dê sempre, dê muito [...].




Mas se você está querendo um amor, aí a condição é outra. É de entrega. Sua e do seu amor. E é a falta disso que explica as relações que não se sustentam, mesmo havendo química, sexo delícia e amor. A condição de entrega é "quando ambos jogam no mesmo time, apenas com estilos diferentes". Se dá ainda quando não há julgamentos tampouco quando um usa suas palavras contra você. Não que um sempre concorde, mas lhe é leal, sob qualquer circunstância. Não finge. Não mente. Não omite. Só ri se realmente achar graça e lhe diz nãos. Nãos que são de amor, que são de afeto e de cuidado. Amor que não tem que durar porque você foi inteiro. Não tem que. Mas pode. E se acaba, vira amizade, porque enquanto juntos, houve entrega. Nenhum sonegou a parte que lhe cabia.


"Condição de entrega é dar um triplo mortal pressentindo que há uma rede lá embaixo, mesmo que saibamos que não existe rede para o amor". Mas desejar que a presença, lhe seja suficiente.


E quando chegarmos nessa condição, a de entrega, poderemos dar [...] "muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão, esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar".



Nínive agora entendeu tudo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A pena da Ana que valeu

Deveria ter uns cinco anos quando mamãe me levou para dar uma volta na Praça da Liberdade em Belo Horizonte. Era ano de eleição e estava tendo comício. No intervalo colocaram um xiriguidum prá tocar e tá eu pititinha dançando. Acho que nunca tive modos para dançar; jeito sempre tive. Jeito e coragem. Então não é que eu estava dançando, devia mesmo era estar num requebra de um lado para outro e arrisco a dizer que com passinhos e coreografia. Com certeza ainda não conhecia a palavra exibida, mas nem precisava.

Não passou muito tempo e alguém do caminhão percebeu meu requebra-requebra assim, e pediu para a mamãe me deixar subir. Antes dela perguntar se eu queria, já estava com os bracinhos pro alto pro homem me pegar. Aí não teve prá mais ninguém. Tá eu dançando percorrendo todos os lados do caminhão. O protocolo era um showmício. E pelo visto eu era a protagonista da primeira parte.

Já tinha bastante tempo quando mamãe me pediu para descer. Eu dava um nega e ia pro outro lado do caminhão. De certo, uma hora, até Jó perderia a paciência, foi quando fui descida a força. O barraco que arrumei chorando em alto e bom som não fazia parte do protocolo. Mas convenhamos, não deixou de ser um show.

Além disso, anos depois fui convidada a desfilar em Uberaba. Tinha uns 11 anos. Minha cara não nega que exibição é comigo mesmo.

Em 1994 meu pai fez participou pela última vez da SIPAT na Fosfértil. Ele se superou como em todos os outros anos. Se apresentou como Michael Jackson e parodiou Thriller com direito a bailarinos. Eu, claro, era um deles. Foi um espetáculo. Gostaram tanto que dançamos na outra semana já que meu pai ganhou pela terceira vez consecutiva o 1º lugar. E lá estava eu, com 14 anos na ponta direita fazendo uma das coisas que mais amo na vida. Se não fosse uma reforma que teve aqui em casa, onde entrou muita chuva, eu provaria com fotos e vídeo. Perdemos muitos documentos de valor impagável. Esse foi um deles.

Essa semana tive o maior orgulho do ano. Ver minha melhor amiga dançar. Nos conhecemos há bastante tempo, mas convivemos durante cinco meses iniciais da amizade e logo me mudei para Vitória. Em seguida, para o Pará. Nunca perdemos o contato, mas todo esse período longe não calhou de assistí-la. Domingo matei minha curiosidade, agucei alguns sentidos e tornei outros mais belos. Não tinha como não arrepiar com toda a apresentação da Cia que ela dança, mas vê-la no palco foi uma emoção à parte. Primeiro porque de imediato me preocupei em parabenizá-la mecanicamente e depois porque ela me desarmou como lhe é peculiar fazer. Não é porque ela dança e dança de fato muito bem. É que eu não a conhecia nos palcos.


No dia a dia Ana é estabanada, fala com os braços e esbarra aonde passa. De certo cultiva uns roxos, porque vive me contando que esbarra na mesa de trabalho dos colegas derrubando pastas e em casa nos móveis. Apesar de ser muito delicada, é a cara dela esse atrapalhamento. Mas vê-la no palco, foi como ver um lado que eu não enxergava porque não sabia. Ela transitava entre o corpo de balet com leveza e sem derrubá-los e eu achava que isso não era possível além de uma leveza e flexibilidade impressionantes.




Ao final do espetáculo, aguardávamos ansiosos por ela. Ela nos abraçou, nos beijou e quando avistou sua mãe e perguntou: Mãe eu te amo, você gostou? Valeu a pena o esforço dos dias e das noites fora de casa?







Nínive reviu bem essas fotos e acha que não precisa responder.


*essas não são as fotos da sua última apresentação. Tentei a todo custo consegui-las para postá-las, mas não foi possível e eu não quis deixar para escrever para depois o que tinha que ser escrito no calor da emoção*

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ando tão ressentida ...

Adoro sair para comer fora, para beber e para bater papo. Eu falo muito. Tanto, que quando não dou conta de tudo, sento e escrevo. Nessas ocasiões permito-me às inutilidades e falo de cara séria, assuntos de duplo sentido e de cara séria, discuto o mundo e suas excentricidades. Outro dia uma tia querida do coração me escreveu: você é a própria reencarnação da fênix. Enchi o peito como uma e quase voei.

Nessas incursões noturnas, ouço sobre economia, vulcão em erupção, política e câmbio monetário. Ouço de Tereza Cristina de Insensato Coração ao laudo oficial da morte da Amy Whinehouse. Ouço e só ouço. Esses são assuntos dos quais não tenho me inteirado e se deixar agora só falo de turismo. Continuo lendo. Mas parei na metade o “A Cabana” e estou relendo pela décima vez “Para Francisco”. Admito: tem um quê de melancolia impregnada em mim.

O sinônimo de melancolia, consultado rapidamente no dicionário do Word, é depressão, desânimo, fossa, nostalgia, tristeza. Que bom que tem a palavra nostalgia. Fossa me deixaria deprê demais. Poderia até ficar ressentida.

Sabe o que é ressentimento? Até o feriado achei que era mágoa. No dicionário aqui não apareceu nenhum sinônimo e eu não acho nem por reza brava o dicionário aqui de casa. Não precisa. Se eu separar a palavra, vou ter sua tradução.

Sentir novamente, não é necessariamente magoar-se. Mas pode ser nostalgia, que pode nos deixar triste e até na fossa. Mas também pode nos alegrar, nos inspirar. Sinta comigo: o tanto que é bom lembrar a noite anterior com seu amor e sentir um frio na barriga. O tanto que é bom ouvir a melhor amiga contando da sua bizarrice alcoólica e rir. O tanto que é bom lembrar o dia da sua colação de grau. O tanto que é bom tomar sorvete depois do almoço. O tanto que é bom abrir a boca e dizer o que sente. Francamente. Educadamente.

Suspirei melancolicamente agora. Mas não foi de tristeza. Foi de ressentimento.

“Lembro dessa burrice bonita de que é feita a última esperança. Lembro de insistir em não acreditar no que meus olhos gritavam para eu ver [...] lembro de estar cercada de uma verdade [...] atrás de mim, uma despedida que não foi. E acima da minha cabeça, um céu azul ensolarado, iluminado de realidade”.
Cristiana Guerra.

Estou assim porque estou com saudades. Porque não consigo chorar e porque não vou mais ouvir a voz dela e nem chamá-la mais de tia. A minha tia. A Tia Célia.

"[...] lembrei de tudo que vivemos juntos, desde que a conheci com 4 anos, você mais morava na minha casa do que na sua, aquela menina cresceu, estudou e foi embora para longe [...] no coração eu não esquecia você, hoje te vejo e tenho todas as lembranças do passado que fomos muito felizes, nossa família e a sua e vocês todos pequenos [...] tenho tanto amor em você, como aos meus próprios filhos [...] um beijo e um forte abraço, tia Célia.
Trechos de uma carta que a tia Célia me escreveu em 31/07/2010".





30/10/1949-24/10/2011


Falaram para Nínive que saudade é o amor que ficou. Ressentimento também.

domingo, 2 de outubro de 2011

Uma caipira na Paulista



Sabe pobre que por algum motivo tem a oportunidade de ir a um restaurante chique e fica olhando do teto ao chão e ainda fala 'ai que lindo', até para as comidas?

Assim sou eu pagando mico na Paulista de cabo a rabo.

Primeiro que não paro de olhar para os arranha-céus, para tudo que soa arte, para os rinos pintados com tinta a óleo e para o mendigo que devia calçar 37, mas estava com um tênis 43. Segundo que sempre fico para trás quando é hora de atravessar ou atravesso quando o sinal para pedestre ainda não abriu. Terceiro que todo mundo anda rápido e ainda assim abrem espaço quando tem um grupo de jovens andando de patins ou skate e eu sou a única que reparo - já com bastante atraso - que estou no meio deles que param e esperam a caipira atravessar a passos de tartaruga.

Explico tudo:

Em Uberaba não tem nada parecido - nem de longe - com todas os prédios da Terra da Garoa e é claro que eu fico com o queixo para cima admirando. Isso também explica o porque não consigo atravessar a rua na hora certa. Está tendo também, exposição de rinos em toda a paulista. São rinocerontes em tamanho real pintados em seu corpo e foi com o meu encurvado para a frente admirando a perfeição, que percebi que estava tampando a visão dos que estavam atrás de mim.

E por último que, há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que só mesmo uma apresentação do Michal Jackson cover, fez-me descer o queixo e encher os olhos d'água ao relembrar do astro que estava sendo homenageado lindamente sob um céu estrelado a uma temperatura de 27 graus por volta das 19h.

Agora me responda: é tãoo ruim assim ser caipira?





Caipira de sorte essa Nínive.

domingo, 11 de setembro de 2011

Rapport e seus [e]feitos

Aprendi rapport em um treinamento da Sher oferecido pela TAM para a TAM Viagens, na recente temporada em SP. Não me lembro de ter ouvido essa expressão, mas já tinham me dito algo parecido só que com outras palavras. Acho e percebo que algumas pessoas que convivem ou conviveram comigo, acabam por adotar meus tiques, maneirismos e atitudes, além de compreender meus times humorísticos dos quais nem preciso de platéia: eu mesma conto, eu mesma rio eu mesma bato palma.

"Rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele. É a essência da comunicação bem-sucedida."
Anthony Robbins


Em virtude disso, admito que as pessoas tem mais facilidade em fazer rapport em mim que eu nelas e que com pouco tempo de convivência tá eu falando i-gual-zi-nho a pessoa. Uma amiga ontem a noite me disse: [...] Nínive você é muito sensível e instrospectiva em muitos aspectos, mas nem sempre você expõe esse traço da sua personalidade. Acho que nem você reconhece isso. Tudo o que as pessoas te falam, te causam um profundo impacto. Você guarda e absorve muita coisa e nem sempre descarta com facilidade aquilo que realmente não serve para você [...] e sabe quem anda pagando por isso? Sua saúde.

Imitar & Espelhar foram determinados como os principais fatores para se criar estados poderosos de rapport. Igualando os movimentos da outra pessoa, a postura, os atributos vocais, as frases chaves e até mesmo a sua respiração. Também é muito poderoso poder igualar os seus sistemas de representação. Esta é uma habilidade avançada que é ensinada nas série de seminários Act Now Success Skills (nos EUA).

Como de fato reflito muito no dia seguinte sobre meu dia anterior, fiz um recordar é viver do meu ano e das pessoas que me cercam. Tenho certeza (absoluta) que já adquiri um pouco de cada um e assim portanto, emprego um pouco de mim fazendo uma extensão do meu papel em sociedade. Veja bem: do meu papel em sociedade e não na sociedade, porque não podemos ficar nos comportando da maneira com que as pessoas irão nos aceitar ou não irão falar de nós, pois assim estaremos jogando nossa personalidade e educação no lixo. Claro, não estou levantando bandeira para as bizarrices e discrepâncias, mas até isso pode soar um pre-conceito: o que é destrambelhamento para um, é normal para outro.

A moda sempre foi: vão falar! Mal ou bem, gostando ou não. Somos seres humanos dotados da capacidade de ir e vir e esse livre arbítrio tem um preço - uns vão te amar, outros, te detestar. Outro dia li algo assim: quando forem falar mal de mim me chamem, sei péssimas coisas a meu respeito. Achei graça. É fato. Só nós sabemos da dor e da delícia de sermos quem somos, quem podemos ser, por nós mesmos. Será que alguém pode dar licença para ser você mesmo?

Obrigada.

Bob Marley escreveu um dia com sua lucidez impressionante:

Preocupe-se mais com a sua consciência quem com a sua reputação
Porque a sua consciência é o que você é
E a sua reputação é o que pensam sobre você
E o que pensam sobre você
É problema delas.

Acho essa frase um máximo e ando bradando-a na menor oportunidade. Sabe por que? Porque senão todo mundo vai querer nos convencer disso ou daquilo e vamos acabar por passar a vida pedindo desculpas e achando que só o outro tem razão. Não tem não! Sim, goste de outras pessoas, se permita. E não guarde esse amor só para você. Mas antes de qualquer coisa, ame a sim mesmo. "Ninguém pode fazer mal a alguém. A menos que se permita". Verdade Gi. Verdade.

Conclusão
O Rapport é um tópico fascinante e pode conduzi-lo(a) numa viagem de descoberta na direção de entender as pessoas ao seu redor.
O melhor modo para aprender é a experiência.
Pratique a Imitação e o espelhamento e lembre-se de PRESTAR ATENÇÃO.


Em vídeo, o rapport é exatamente isso aqui ó:






Nínive aprende com as pessoas. Todos os dias. E agradece a oportunidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pimenta nos olhos dos outros ...



De tanta reclamação, os problemas com telefonia viraram até stand-up's. Já diz o ditado: se não pode derrotá-los, alie-se ou melhor: pimenta nos olhos dos outros, é refresco. E foi nessa onda de descontar, desabafar, revidar que dei meu mais recente bafão ao telefone. Como costumeiramente digo: já não tenho lá muita paciência, quando ela acaba, dou show. E com a Banda Calypso de fundo. Desse modo aqui ó:

Toca o telefone...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesma.
- Quem fala, por favor?
- Nínive.
- Como?
- Nínive
- Denise?
- Nínive.
- Aline?
- Ní-ni-ve. Vou soletrar: ene-i-ene-i-v-e.
- Srª Níniver, aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção OI linha adicional, onde o Srª. tem direito...
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da OI, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- Bem, pode..
- De que telefone você fala? Minha bina não identificou.
- 10331.
- Você trabalha em que área, na OI?
- Telemarketing Pro Ativo.
- Você tem número de matrícula na OI?
- Senhora, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da OI. São normas de nossa casa.
- Mas posso garantir ....
- Além do mais, sempre sou obrigada a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a OI.
- Ok.... Minha matrícula é 34591212.
- Só um momento enquanto verifico.
(Dois minutos depois)
- Só mais um momento.
(Cinco minutos depois)
- Senhora?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhora...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Srª tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada, Srª Níniver?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha mãe, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones aqui em casa tá? Por favor, não desligue.
(coloco o telefone em frente ao aparelho de som onde começa a tocar – “como é que uma coisa assim machuca tanto, toma conta de todo o meu ser, é uma saudade imensa que partiu meu coração ...”) tocando no repeat até acabar, quando minha mãe atende
- Obrigada por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..
- 10331.
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
(já demonstrando irritação na voz)
- Rosicleide Judite
- Qual sua identificação na empresa?
(mais irritada agora)
- 34591212
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Srª tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor?
(Sem resposta)
- Alô, alô!
- TUTUTUTUTU...
- Desligou.... nossa que moça mais impaciente!


Nínive não fez isso. Mas vai fazer ... ah se vai!

domingo, 4 de setembro de 2011

Não temos que perdoar. Quem disse?



Sexta-feira retrasada em uma saída com as Luluzinhas saiu uma conversa que mexeu com meus brios. Todos. Primeiro claro, por ter me sentido altamente afetada por aquilo que ouvi, depois porque colocou em xeque muita coisa da minha formação religiosa.

Afeto significa admirável, simpatizante. Afetado, significa acometido, abalado.

Uma outra questão que acho importante dizer é que adoro conversas intelectuais e diferente das pessoas que só gostam de estar perto de gente inteligente, é preciso também saber se portar junto delas. Que adianta querer se mostrar cult, se quando a oportunidade surge, você pega seu copo e se levanta da mesa? Bora ler minha gente. Bora ler. Senão não acompanha o bonde

A conversa intelectual começou sexta retrasada com as Lulus (banhados a 11 tequilas, sermão e long neck's) e sexta agora botei o assunto na mesa com os amigos da dança de salão (ao fundo de bolero e samba).

Comecei: "perdoar é o ato mais egoísta que o ser humano pratica contra o outro pois, além de dar-lhe carta branca a cometer seus erros, ainda não o ensina, não o educa. O perdão o abstém do erro que foi pacificado pelo perdão".

Me retrucaram: "o que você diz de alguma forma faz sentido, mas a Bíblia diz para perdoar setenta vezes sete. Isso é cristão!

"Acredito muito nisso - ponderei - é minha formação religiosa acreditar nos preceitos Bíblicos. Mas não estou dizendo para você não perdoar, estou dizendo o preço que você paga perdoando o indivíduo. Já parou para pensar que os perdoadores sentem um falso alívio? Na verdade, trazem para si o erro da outra pessoa. Além de não ajudá-la a parar de errar. O que quero dizer em outras palavras é que além de ter tido que carregar a dor do erro da pessoa, ainda traz mais outro: o de ter que passar por cima disso. Esse é exatamente o falso alívio: a pessoa não fica imune. Ao contrário, se ela tinha um peso, agora tem dois". E finalizei: "O correto então, deveria ser não aceitar as desculpas, mas simplesmente não deixá-la errar não perdoando-a".

Pronto. Acabei com a dança de todo mundo. Tiveram que ter uns 30 segundos antes de replicar-me. E então cada um expôs à sua maneira o ato de perdoar. E todas as justificativas são legítimas, porque além do perdão, falamos também sobre esquecer. Tem gente que perdoa e depois joga na cara e tem gente que passa por cima disso numa boa (será?).

Me explica os deprimidos? Pessoas que muitas vezes não falam, precisam de medicamento para se controlar ou dormir ou para dar conta do perdão diário e infindável. Dos traumas, das dores e dos dissabores. Quer tipos que mais exercitam o ato de perdoar? Segundo o dicionário Houaiss, perdoar significa "ato pelo qual alguém é dispensado de cumprir uma obrigação ou um dever". Eu nunca tinha lido esse significado, apenas entendia o perdoar na tradução comum (a todos) do verbo. Viu que não falo pelos cotovelos?

Julgo por mim. Passei por uma crise aos 21 anos o que me levou a ficar um ano em tratamento. Eram retornos ao médico e aumento da dosagem na prescrição periodicamente. Perda de peso, cabeça voada, mal humor, tristeza e um céu cinza, cinza. Mesmo na primavera. Quase todos os dias. Tinha uns muitos, que eu não tinha paladar e recusava sem pestanejar minha sobremesa favorita. Vaidade zero. Minha cor amarelou, meu cabelo caia muito, cheguei a pesar 42Kg e na crise não tinha choro: era o auge da depressão. Dizer que eu não tinha namorado e nem paqueras é totalmente desnecessário.

Então após um ano mais ou menos, vi que precisava reagir. Fazer meu mundo mudar por mim mesma. O médico não estava me ajudando muito. Nem os medicamentos. De certa forma, admito, ele era um ponto de equilíbrio - era dali que eu devia partir, mas não era definitivamente ali que eu deveria ficar. Um ano é muita coisa na vida de uma mulher de 21. Se eu estivesse estagnada - penso eu - ou a mercê de como as coisas estavam sendo conduzidas, eu não teria tido alta até hoje. Então um dia, em uma manhã ensolarada, fui tomar banho antes de ir trabalhar, me depilei toda, vesti um conjunto sobrevivente de lingerie decente, passei uma maquiagem azul e muito rímel e aceitei o convite da turma da loja para a um happy hour. Vi que eu tinha perdido todos os assuntos do ano. Todo o mundo caminhou sem mim. Continuar deprimida não me alavancaria. Eu não tinha papo. Sequer estava lendo. Assistia Chaves, desenho animado e só. Eu que sou aficcionada por leitura estava totalmente desatualizada e por isso então não tinha o que conversar. Então na mesa, apenas sorria e bebia meu primeiro copo de cerveja que mais parecia o primeiro da vida. No período de lamúrias só fiz cultivar o luto e brigar com o perdão que eu (achava que) tinha que dar para eu poder me libertar. Bobagem.

Hoje vejo que não foi nada disso. Precisei de 10 anos (tenho exatos 31) para perceber que eu não fui prá frente por conta do perdão que eu tinha que dar ou tinha que me ser dado. Precisei mudar para o meu mundo mudar e minhas atitudes fizeram com que isso desse certo. Não vou agora ser ingrata e dizer que fiz tudo sozinha porque eu sou a the best. Os médicos me orientaram, o medicamento me estabilizou, minha família mais uma vez me segurou (como sempre). Os amigos apareceram junto com o meu ressurgir e uma em especial me foi ótima ouvidos. Não é fácil conviver com quem não quer ficar bem e com quem só fala do passado como a chance da vida perdida. Outra bobagem. De lá para cá tanta coisa mudou. Ficou ora boa, ora ruim, ora péssima, ora ótima, ora maravilhosa.

Essa foi uma parte da minha vida que eu tinha esquecido. Não teve que haver perdão, teve que haver atitude. Principalmente e exclusivamente da minha parte. Há uma outra, ainda mais recente que nem pensei na palavra perdão para seguir adiante. E só hoje me dei conta disso. Pensei em mim e em mim. No momento de dor e de choro, refletia: vou cumprir esse luto até o fim, mas esse fim vai ter data para acabar. Foco. Objetivo e ... pimba! Precisei de dois meses para me refazer. Não vou me mostrar inatingível, porque houveram sim momentos posteriores de baque e alguns choros. Mas poucos. O suficiente. O saldo positivo foi: não perdi peso (não por isso), meu cabelo não caiu e não tive crises. Nenhuma. Ao contrário, voltei a estar magra (depois de um período de exercícios), meu cabelo tem crescido bem, sou contratada da *T*A*M* Viagens e meu coração está bem, obrigada. Cresci. Apareci. Amadureci. O tempo tem me feito melhor e mais otimista. Se eu pudesse eu mesma me beijava e me abraçava agora. Alguém aí quer fazer isso por mim?

Então, deixo a pergunta e a discussão: para você, o que é o perdão?

Nínive não vai mais perdoar. Vai cultivar sua memória de cachorro. Ou ... ficar bem longe.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Faça acontecer ...

Pessoa aqui tá morrendo de saudade do blog e tem tanta coisa pra contar que não sabe por onde começar.

O curso em SP acabou e achei que iria congelar de tanto frio. Cinco graus fácil, fácil de manhã e a noite. Durante o dia um sol de rachar mamona. Curso intenso, estressante, vontade de chorar em toda prova e uma maldita TPM em semana inapropriada. Pessoa quase desistiu de fazer a prova, quis desabar em choro e depois ficou sabendo que tirou 8,4. Um dia essa TPM ainda acaba comigo. Ou eu com ela. Hunft!

As semanas se seguiram puxadas e tivemos todos que estudar. Muito. Final da tarde início de noite, dava tempo de ir perambular pela Paulista: que delícia é aquilo lá. Ainda tiveram duas escapulidas à 25 de março (óbvio) e à José Paulino, mas o excesso de glamour e falta de 'glana' não deram para uma sacolada. Dormir cedo para aguentar o trampo era ofício de todo dia e somente no último, fizemos um happy hour seguido de choros de despedidas do curso.

Por conta das atividades, não animei nem um diazinho fazer caminhada e pra acabar de escangalhar a noite eu era uma leoa de fome. Adivinhe? Pessoa engordou de novo.... ex-pli-co: na hora do almoço era só saladinha com carne, de sobremesa gelatina e nada de arroz e batatas e massas. Mas à noite meus amores, eu chegava um dragão e queria comer todos os congelados que tinha comprado, mais sobremesa ooooou, MC Donald's duas às vezes três vezes por semana. Ai delícia! Inclusive numa dessas danuras de comer Big Mac, fiquei tão feliz por Diego compartilhar da gulodice que abracei-o e dei alguns pulinhos pirulitantes dentro do elevador. Adivinhe again? Ficamos presos!!!! Diego, Cris, Giulia e eu. Era um tal de pedir socorro e disfarçar o nervosismo que eu não parava de falar. Nem eu, nem ninguém. Quando o zelador apareceu, pedi pra ele colocar o dedo mindinho dele na porta, só que estávamos em um paredão e não teve como estabelecer contato. Ele pedia calma e uma certa hora disse: já volto, não saiam daí tá?

Oi?

Ele conseguiu abrir a porta e foi buscar uma escada. Giulia louca escalou o paredão e quis dar mãozinha pra gente. Morri de medo daquele trem descer ou subir com tudo. Pra quem não queria ficar no elevador, me recusei a sair. Prá sempre. Todo mundo já de fora e eu dizendo que dali não saía. Giulia perdeu a paciência e quase me arrancou de lá com um braço só. Ufa! Saí. Eeeeeeeeeee. No Mc Donald's, depois do pedido feito, sentei e comecei a tremer. O baque veio tarde. Nem comi o lanche com a boca boa que tava e na volta encontramos o cara da manutenção que disse que há muitos, mas muitos anos o elevador não estragava. #vergonha.

Fora o curso puxado, mais o tumulto dos metrôs, mais pessoas presas no elevador, mais encontros globais em Congonhas Giba, Rodrigão e Bernadinho do Volei, Domingos Montagner (que faz o pai do Jesuíno em Cordel Encantado), e Paulo Micklos (vocalista Titãs), tuuuudo correu muuuito bem. (Ah! ficamos sabendo que Neymar e Ganso também estavam lá).

Então minha vida anda assim: faringite aguda (agora com suspeita de pneumonia), cama, xarope que me dá vontade de dormir muuuito e um friozinho gostoso na barriga de coisas novas que ando querendo conquistar por aqui. Porque para o novo, temos que ter mente aberta, dedicação e paciência. Foi isso o que um queridíssimo me escreveu outro dia no face e eu bem andei refletindo sobre isso. #umbeijoalongado




1º dia de curso



Na Paulista com Giulia e a dupla do abraço

Fazendo graça pra estátua do Outono

Happy hour na Paulista com Giulia

By Madonna

[Faça acontecer] ... que eu faço valer a pena!


Nínive intimou.

domingo, 31 de julho de 2011

Você quer ser feliz ou ter razão?

Mal chego de SP e venho garrá no computa pra me atualizar: é blog, é face, é orkut, é msn, é celular. Esse último coitado espero não sofrer de carência, porque ando esquecendo ele em tudo quantuá. Quando lembro, não ouço tocar, quando toca, chega a ficar vermelho e até que retorno já enterraram o defunto. A dica é vir na porta de casa e ficar buzinando. Ou melhor, toca a campainha, tá? Buzina atendo não.

Ando morta de canseira e essa última semana foi tensa, fiz prova no curso e sai de lá lisa-lesa-e-louca. Antes das 22h já tava na cama. Depois descobri que parte do stress era TPM (maldita!) e só melhorei quando fiz uma dancinha indiana na Paulista com direito a bis. (Ishalá)

Mas se tem uma coisa que não tenho aberto mão é de ler e tenho tanto prazer em fazer isso que posso estar pingando de sono que pelo menos uma paginazinha sai. Melancia é o livro dessa temporada. Delícia, delícia. E então um dos motivos da sangria desatada é atualizar minha leitura. Em virtude dela, deleito-me em excelentes textos. Um, é do meu amigo-padrinho-confidente Léo que em tempo me convidou para discorrer sobre sua produção intelectual. Nota um milhão, Léo. A-do-rei. Te ligo para marcar um dê-érre. Levo o vinho.

O outro, é esse aqui ó. Se joga.

Você quer ter razão ou ser feliz?

Ferreira Gullar, célebre poeta maranhense de São Luís, nascido em 10 de setembro de 1930 é o autor da famosa frase que, por si mesma, é uma lição de sabedoria: “Você que ter razão ou ser feliz?”

Numa entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” ele conta que certa vez, discutiu tanto com sua esposa que num dado momento da discussão, ela se levantou e foi embora. E ele continua dizendo que em sua própria opinião, ele até ganhou a discussão. Ganhou mas não levou, pois ficou falando sozinho. Foi então que ele cunhou a frase: “Não quero ter razão. Quero ser feliz”.

Veja quanta sabedoria de vida e verdade no trato do cotidiano estão contidas nessa frase. Muitas vezes, nos embrenhamos numa ferrenha discussão sem nenhum resultado prático, nem mesmo teórico. Ficamos cheios de raiva quando alguém diz ter sido numa sexta-feira aquilo que acreditamos ter sido numa quinta. Ou somos tomados de cólera quando alguém nos contradiz dizendo que a cor do vestido da fulana é verde e não rosa. Quanta bobagem! Quanta infelicidade plantada por tão pouco!

Discussões entre casais, entre amigos, entre chefes e subordinados poderiam ser evitadas com esse simples pensamento: “Não quero ter razão. Quero ser feliz”. Que diferença faz se o vestido era verde ou rosa? Se foi na quinta e não na sexta-feira? Tirando as raríssimas exceções com possíveis consequências jurídicas, essas diferenças de percepção se levadas a ferro e fogo só servirão para nos infelicitar.

Veja quantas discussões entre empresas e seus clientes acontecem por motivos sem importância real alguma! Quantas empresas perdem clientes, fornecedores e mesmo excelentes colaboradores por desejarem “ter razão” em vez de desejarem “ser felizes”. Veja entre colegas de trabalho. Uns culpando os outros com acusações graves. Tudo para mostrar quem têm razão numa discussão. Será que vale a pena sempre lutar para ter razão ou vale mais a pena ser feliz?

Pense nisso. Sucesso!

Nínive adverte: vamos parar de envenenar a natureza e botar culpa na maçã.




Se quiser me fazer feliz, me convida pro SAMBÔ?

domingo, 24 de julho de 2011

Ser feliz ou não é questão de talento

Começamos 2011 com o pé esquerdo aqui em casa. Muita coisa desabou sobre a família Moreira Lage e o 'trem' foi tão feio que começou no meu pai e esbarrou até na caçula. Foram momentos de choros contidos e soluçados, de angústia, de depressão, de saúde e de muitos mals agouros. Sabe aquelas fases que acreditamos que vai passar mas, uma vez imerso, como ver a luz no fim do túnel? As pessoas resilientes diriam: tudo passa, não tem mal que perdure para sempre, mas que saber? Ninguém veio aqui em casa perguntar se tem um carnê prá pagar. #raiva

É por essas e outras que aprendemos ou pelo menos devemos aprender a lidar com o marcador temporal. O tal do: um dia após outro é fe-no-me-nal. É como a chegada do outono. As folhas vão cair, a árvore vai ficar horrorosa, pelada, seca e logo depois tudo florirá e muitas vezes não resistimos e posamos embaixo dela para memorarmos o dia lindo que tivemos.

É assim com todo mundo. Foi assim aqui em casa. Está sendo comigo. Os mals agouros desmoronaram na família na mesma proporção e intensidade que a bonança pairou. Em duas semanas todas as boas novas estão sendo comemoradas em êxtase.

Meu pai recuperou seu bom humor, voltou a fazer caminhada, está trabalhando com entusiasmo, canta seus playbackies e continua preparando suas aulas com esmero e dedicação. Meu irmão vai ser pai da Melissa no fim do ano e estamos em puro êxtase. Nanda passou em uma seleção em BH e será enfermeira padrão em um hospital que a Santa Casa acabou de comprar. Eu passei em uma seleção da T*A*M e estou em SP fazendo treinamento durante 20 dias. Vou assumir uma Agência em Uberaba que inaugurará na 2º quinzena de agosto. A FAZU, faculdade onde estudei aqui em Uberaba compartilhou da minha conquista e publicou a seguinte matéria:

A ex-aluna do curso de Secretariado Executivo Bilingue, Nínive Lage, também não perdeu tempo. “Tive a oportunidade de participar de um processo seletivo da T*A*M. Qual não foi a minha surpresa ao saber que alguém estaria investindo novamente em Uberaba trazendo uma empresa dessa grandeza! Lembro-me ainda de, na entrevista, dizer do meu orgulho por ser cidadã uberabense e por estar em Uberaba exatamente quando a oportunidade apareceu. Fui escolhida dentre uma massa de pessoas para ser Agente da T*A*M e estou em São Paulo fazendo um curso de capacitação na empresa”, informou Nínive ao coordenador do curso de Secretariado Executivo da FAZU, Sérgio Hillesheim.
Segundo Nínive, esta não é a primeira vez que as ofertas de trabalho divulgadas pelo professor a recolocam no mercado de trabalho. “Esse é apenas um dos muitos motivos dos quais tenho orgulho de dizer que sou egressa da FAZU”, finaliza a egressa.

Minha mãe: ah! essa é o esteio da família. Sofre com a tristeza de todo mundo, chega a irradir nos seus ossos toda a tempestada enfrentada. Em contrapartida, quando tudo volta ao normal sua alegria vem quadriplicada. É a que mais sofre. É a que mais está feliz.

Por isso minha mensagem tem como objetivo lembrar da importância de termos foco, objetivo, mantermos o bom humor e a esperança, mesmo nos dissabores. Aqui em casa todos tivemos motivos para desistir, adoecer espiritualmente e para acharmos que fomos esquecidos por Deus. Fácil (?) é cair numa cama em depressão, enxergando os dias cinzas e ficar remoendo a 'vida feliz' do vizinho. Difícil é ficar centrado, continuar a luta e procurar o sol que ali brilha para todos.

Viver ou morrer é o de menos
Ser feliz ou não é questão de talento
Ney Matogrosso


não sei sorrir


simplesmente descontrolo


ih! danou-se

tão vendo minha úvula?

Nínive anda com talento para a felicidade

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Marido de aluguel: eis a questão!




Esse negócio de independência feminina sempre mexeu com meus brios. Não é a toa que saí de casa aos 21 anos, comi o pão que o diabo amassou e sempre bradei orgulho por há tantos anos conseguir me manter assim, inclusive o quanto tive que fazer [e pagar] minha faculdade. Lógico que muita coisa eu aprendi na marra, outras nem na marra e outras ainda, só na próxima vida.

Uma delas é a falta de jeito com as coisas da casa. Jurei de pé junto pra'quele santos das causas impossíveis que sabia lavar, passar e arrumar e quase não acredito quando falo pros outros que cozinho. Minha temporada no Pará me aguçou o sentido [e o pecado da gula] e cozinhei de ovo a camarão. Meus bolinhos de carne certa vez ficaram tão bons que comi os oito. Né a toa que a miss Pará chegou em Uberaba 8 kilos mais gorda [agora, ando atacando um tal de frango assado sem dó].

Um dia fui descongelar a geladeira e a dona de casa aqui mandou um balde cheio d'água no congelador. Mas foi bater e voltar.


I-m-a-g-i-n-e a cena?
Já???
Beleza.
Agora pode rir!
Tá, pode me zoar também.

Então, é por essa e outras que até compreendo essas it girls tentando sobreviver à vida sem um marido. Uma mãe sairia mais em conta, eu agarantiu, mas até para isso deram um jeito. No google, você acha um marido de aluguel fácil, fácil e isso está tão na moda que virou ofício: de classificados à cartão de visita. Não é o máximo? Particularmente acho a maior graça, mas não sei bem se ele resolveria meu problema com o congelador. O meu defeito é de fábrica mesmo.

Como o telhado de todo mundo é de vidro, li outro dia no face, a história dessa xuxu aqui. Uma briga de foice com o vaso sanitário que foi uódoborogodó. Quer rir? Se joga!

"gente que eu faço para desentupir o vaso anemmmm...tem alguma coisa eu taco e já resolve ???"

Respostas:

- Diabo verde resolve
- Cuidaaado , Diabo verde não pode em canos de pvc!!!! Derrete tudoooo... Já fiz esse bobagem na pia aqui em casa e tive q trocar o encanamentoooo....
- Tenta Soda Caustica, ela pode ser usada em pvc
- ‎Qdo minha pia fica entupida que cai alguma coisa ou mesmo o acúmulo de gordura e uso Soda, resolve!
- Conversa com o síndico as vezes ele sabe de alguma pessoa q te dê uma solução segura!!! Eheheheh
- CAGONA!!!!!
- enche uma garrafa pet de Agua e ficar pilando como si estivesse empurrando a agua, coloca ate o fundo do vazo e assim pressionando.esionando dentro d'agua
- O que vc pode fazer tambem é tomar um pouco de "AZEITE" extra virgem...p/ dar uma diluida no bixao que vc anda soltando ai...rsrs
- Quebra tudo e coloca novo...rs
- Pegue uma garraga de dois litros cheio de água e pressione a ponta da garrafa no fundo do vaso até desentopir.
- Eu tenho uma melhor, chama o zelador e diz o apto de cima ou de baixo estão entupidos, ai o zelador vem e resolve seu problema, simples assim. Já fiz isso aqui em casa e funcionou. Por incrivel q pareça a culpa era do morador de baixo...rsrsrsrs
- Soda Caustica em grãos aproximadamente 1 kg sem medo nenhum, mesmo sendo pvc....
- reveste ele de jornal, sob a tampa, tampa e em seguida faça peso sobre a tampa. A ideia é criar um vacuo entre a tampa e o sifão, ai aperta a descarga!! é muito difícil de não funcionar!! Crianças vivem jogando coisas no vaso e eu ja desentupi varias vzs com essa técnica
- soda caústica, compre no supermercado, ferva com água e jogue no vaso...umas três vezes, se tiver muito entupido resolve, se não, uma vez já era...tome cuidado!
- pega bastante jornal e abre todos os cadernos coloca na boca do vaso e fecha a tampa senta em cima e dá descarga se certifica que tá bem fechado e que TODO o vaso tá coberto o ar não pode entrar!!! Aí vc dá descaraga!!! O ar não vai ter por onde sair e força tudo cano abaixo!!!
- só um encanador msm..rsrsrs
- Coca-cola

O que a bendita fez:

"galera das sugestões do problema do vaso, seguinte, nada de nada no supermercado, fui na idéia incrível da incrível Tati e taquei 3 litros de coca cola no meu vaso, agora além do que ja tinha, ta com gás...resumindo, chamei o zelador lóóógico, para pagar mico e resolver o problema que graça que ia ter finalizar o dia sem essa né...aveeeeeeeee"

Nínive nunca, em toda a sua vida, achou que a água do vaso poderia um dia ficar gaseificada. Vivendo e aprendendo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Brega é a mãe!

ô lá em casa!



A balança acusou a perda de zero gramas. Eu quero saber se o problema é com a balança ou comigo, porque estou revoltada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

Na verdade já troquei de balança, mas estou pensando em processar os fabricantes. As partes salientes tipo traseiro, coxas, barriga e culote vão bem, obrigada. Apesar d'eu ter voltado a vestir roupas que não estavam me cabendo, a balança não tem sido minha testemunha ocular. Ao contrário, me desmente na cara dura.

Agora a revolta master é: porque meu punho afinou? Meu relógio chiquerésimo Michael Kors está brincando de bambolê e eu já mandei pará-parô. E se eu não me engano meus peitos eram maiores.. alguém pode me explicar se fazer 1h30 de caminhada 4x por semana e dançar aos sábados faz perder punho? Peithu?

Consultando meu personal-cafa ontem, ele deu uma explicação que não entendi bulufas mas deve ser porque a gente bebeu e deve ser também porque sou uma Dori. Desde sempre.


- Teacher, dá pra repetir a explicação?

Então lembrei-me que a miss orca janeiro de 2011 - digo, eu - estie em Caldas e tirei umas fotinhas de maiô tamanho família, porque me recusei a entrar nos meus biquínis by Vitória. E a bem verdade é que ELES se recusaram a mudar de P para GGGGGGGG sem ajuda de um Hare Krishna.

Meses depois resolvi tomar sol 'na laje' de casa e jurando que estava mais magra, tirei fotos do meu celular mirando pelo espelho. Vai ser brega assim lá no Pará!!!!!

De qualquer forma uma coisa eu preciso dizer a meu favor, afinal nem tudo tá tão dramático assim: a forma do meu corpo mudou. As gorduras devem estar melhor distribuídas ou as pessoas não estariam dizendo que eu continuo perdendo peso.

Por isso minha gente do meu Brasil Varonil: faço aqui um apelo - igual ao que fiz pro Bono Vox ser o Presidente do Mundo - não precisam dizer que emagreci; digam apenas que tô toda boa tá?

brega é a mãe!



Mas se insistirem em me chamarem só de Nínive eu atendo também.


Nínive usa biquini Kame Modas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Não resista às tentações ...

Me disseram que guardo muito as coisas para mim, que não falo, não me abro, não me revelo. Que pondero, que tento ser delicada para falar, que escuto muito, falou pouco, ou guardo por algum tempo tudo que está me incomodando. E quando falo, é na hora errada ou o problema já passou.


Bem lembro Sheila que falava que as reuniões no escritório deveriam acontecer em um dia e o feedback em outro, porque eu ouvia tudo calada, assentia coma cabeça, não fazia perguntas e no outro dia chegava irada com as coisas que tinha ouvido 24 horas antes. Danava a falar, com ela, que não tinha nada a ver com o pato. Falei, pronto, acabou, acalmei. Prá ficar melhor, só um brigadeirinho fim de tarde. Ô delícia! (adoro falar delícia)

O meu normal é processar todas as informações depois. Daí, quando a ficha cai, ensaio tanto para falar que o desabafo para minha consciência pensando alto no chuveiro me abduz e aí o que ocorre é: (1) quando vou falar já perdeu a graça e o tempo se encarregou de resolver; (2) fico bravíssima e nervosa e falo alto, com os olhos arregalados e as sombrancelhas arqueadas, quase caindo cabelo atrás, para a pessoa que não tem nada a ver com a paçoca. Falei, pronto, acabou, acalmei. Prá ficar melhor, só um brigadeirinho fim de tarde. Ô delícia! (já falei que adoro falar delícia. A-do-ro.)

Nas minhas palavras: quando desabo, dou um show com a banda Calypso de fundo.
Que coisa mais feia.
Mas é verdade.

Agora a mais pura verdade é que ando guardando muita coisa, desde um bom tempo, para muita gente, incluindo a mim mesma. A dificuldade é tanta que uma amiga querida do core outro dia me fez admitir desapercebidamente algo que eu estava escondendo de mim mesma. Quando falei (na verdade estávamos no msn), prontamente ela respondeu: "isso eu já sabia, só queria saber se você admitiria prá você mesma".

Pronto! Se eu já tinha um problema, agora arrumei dois.

Mentira ... de certa forma nem é tão mal assim, mas e o bloqueio, a vergonha, a falta de jeito? Tem coisas que não tem como! Já escrevi aqui: "nem todas as coisas nos são possíveis". Não consigo abraçar tudo, mesmo dizendo que sim, eu posso! Já falei aqui também que eu queria ser uma peixinha e colocar todos os meus querido dentro da boca. Cuidar, trazer prá mim. Prá dentro de mim. Tenho dido também: "para não te perder, prefiro não te ter".

Não, não estou falando exclusivamente de alguém. Sim também estou falando. Mas também estou escrevendo sobre você que está me lendo e é daqueles que fica protelando isso ou aquilo da sua vida. Por que? Prá que?

Aí que li o texto abaixo e resolvi (resolvi?) fazer o que Millôr Fernandes certa vez escreveu: "Não resista às tentações, elas podem não acontecer novamente".




Vòila!




Faça o que você ama e o faça frequentemente.
Se você não gosta de algo, mude-o.
Se você não gosta do seu emprego, peça demissão.
Se você não tem tempo suficiente, pare de assistir tv.
Se você está a procura do amor da sua vida, pare;
ele estará esperando por você quando você começar a fazer o que ama.
Pare de analisar demais, todas as emoções são belas.
Quando comer, aprecie cada última mordida.
A vida é simples.
Abra sua mente, braços e coração para coisas e pessoas novas, somos todos unidos por nossas diferenças.
Pergunte à próxima pessoa que vir qual é a sua paixão, e compartilhe seu sonho com ela.
Viaje frequentemente;
se perder o ajudará a encontrar-se.
Algumas oportunidades aparecem somente uma vez, agarre-as.
A vida são as pessoas que você encontra,
e as coisas que cria com elas.
então saia de casa e comece a criar.
Viva seu sonho e vista sua paixão.
A vida é curta.”




Nínive tá assim ... é ... digamos .. então ... um pouco .. ou melhor, muito ...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Efeito cólera




Teve gente que passou o dia dos namorados sozinho(a) e ficou esperando o dia de Santo Antônio na segunda-feira para acertar com Ele a sua promessa casamenteira. Eu, fui a uma Folia de Reis e saltei (bem longe) da fogueira Dele. Simpatizei mais com a fogueira do São João, até porque na verdade era ela que estava me esquentando. E só. Foi o máximo que aproveitei (Tá, comi horrores também).

E ouvi cada mandinga que só pude rir depois que cheguei em casa. Preciso respeitar a vontade (desesperada) do povo de casar. Ou de se casar de novo. Como eu tô naquela fase de "o cabra vai ter que ser muito homem prá me pegar de novo", é normal que eu ache graça ao ver as pessoas arrancando lascas do pau da fogueira do Santo Antônio para fazer chá e beber (doei a minha lasca e ela foi prontamente arrancada)ou, jogando as cinzas pro alto e tentar ler depois que elas vão ao chão a letra que se formou. E conferir no celular o nome das pessoas correspondentes. E liga-a-a-a-r!!!

Mas foi no face de uma amiga de Tupa que eu rolei de rir. 48 pessoas participaram da conversa e vi que ainda há muito que se pode fazer trocar o estado civil. Achei que a mandinga que uma colega minha fazia era tudo o que eu sabia sobre ameaçar o prometedor (???) de casamento. Ela brigava com o namorado, ia na beirada da cama, pegava o coitado, enfiava dentro de um saco plástico, colocava dentro do congelador, de cabeça prá baixo e gritava: vai ficar aí até minha raiva passar!!!
E ele ficava lá coitado. Junto com 'os feijão' congelado. Eu chegava a ter dó, mas antes ele que eu.

Mas depois do que li, assenti; estive enganada. Ainda há muito o que se pode fazer em prol de um matrimônio. Espia:


- já posso colocar o meu (santo) de cabeça para baixo?
- nem rola judiar dele, vai que ele se revolta?
- mas ele sempre foi revoltado comigo rs
- ‎Dizem que tem que colocar ele de cabeça para baixo dentro do copo d'agua né... o meu vai pro fundo da piscina auhuhauhauha
- só colocar de cabeça para baixo e dentro d'agua... conheci a irmã de uma esse fds que foi mais radical... decapitou o santo e até o menininho.... oq o desespero não faz... kkkk
- Eu ganhei o meu tem 1 ano e nada!!! auhauhauh
- Daqui a pouco vocês vão querer afundar a cabeça dele na água fervendo!... Beijos!
- eu to pior q a Fernanda o santo antonio eu ganhei da maria clara há uns 8 anos atras, e ele ta sendoi mto pirracento: primeiro não me trouxe coisa boa, depois apelou e resolveu nao me trazer nadaaaa. sofro d+ kkkk
- Se com o Santo Antônio vocês são tão amáveis assim, fico imaginando o que vocês fariam com um marido traidor!...
- o marido bonzinho a gnt trata bem, mas o traidor é melhor nem voltar p casa rsrs
- Amiga...ontem a noite fiz minhas oracoes...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...vamos ver se Santo Antonio funciona!!!
- Com marido traidor ?!!! Eu esperaria ele dormir, ia na cozinha esquentava um azeite, voltava pro quarto e derramava no ouvido dele kkkkkkkkkkkkk


I Curso de Beatificação e Canonização. Homens e Mulheres. Vagas limitadas.

Inscrições comigo.

Alguém?

A-l-g-u-é-m??

Nínive poupou a parte dela, mas agora tá com medo Dele ter gostado e lhe sua graça.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apesar de ...


Tenho enorme prazer em ler e escrever. Pela hora, pode-se ver até que horas me proponho a fazer isso. Juro-te que ainda vou ler antes de dormir - estou lendo Comer, Rezar e Amar. Para os dia dos namorados eu sai com um: "e tem mesmo que passar o dia dos namorados com um namorado? Você por um acaso vai passar o dia do índio com um índio? O dia da árvore com uma árvore?"

Ainda bem que acabei não escrevendo nada disso, apesar de repetir isso o dia todo e rir sozinha quase sem conseguir terminar minha pérola. Aí que li algo muito melhor que meu estapafúrdio dito ao léu. Olha o que minha amada-idolatrada-salve-salve professora de Vitória/Es postou no seu blog sobre o dia romântico de domingo.

"Hoje li um texto dela (sim, Martha Medeiros) e me encantei com o que li. Sempre uso a expressão "ainda estou digerindo" quando o que leio ou escuto demoram (horam, dias, semanas e até meses...) para serem assimilados. Normalmente são coisas que sei, mas reluto em admitir. Daí, fico digerindo. Com cautela, cuidado...

E hoje lí que "a gente gosta de uma pessoa não por causa de, mas apesar de. Que gostar do que é gostável é fácil: gentileza, bom humor, inteligência, simpatia (...) tudo isso a gente tem em estoque na hora em que conhece uma pessoa e resolve conquistá-la. Os defeitos ficam guardadinhos nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão saindo do esconderijo e revelando-se no dia a dia".

Ela narra isso levando para o lado amoroso. Concordo plenamente! Como já disse aqui algumas vezes, alma gêmea não existe. "O que existe é vontade de estar junto, trazê-la para o nosso mundo e entrar no mundo dela".

Ela é organizada. Ele, bagunceiro. Ela, gastadeira. Ele, pão duro. Ela, ama ler. Ele, adora video game. Ele, desencanado. Ela, muito ciumenta. E eles se amam. E enquanto o amor for maior que o apesar de, ok. Porque existem momentos em que o apesar de... fala mais alto. E daí você olha ao lado e percebe que as diferenças são maiores que o amor. E daí cada um segue o seu rumo... e daí, Frederick Perl fará mais sentido quando afirma:

"Eu faço as minhas coisas e você faz as suas.
Eu não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas.
E você não está neste mundo para satisfazer as minhas.
Você é você, e eu sou eu.
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
......Se não, nada se pode fazer."

Hoje é Dia dos namorados. Mas pense um pouquinho. Vá mais além... Enão fique presa ao seu mundinho de relacionamento amoroso. Não que ele não importe. Claro que importa, e muito! Mas pense em seus relacionamentos. Com todos. Seus amigos, parentes, colegas de trabalho... As pessoas vão gostar de você quando o amor que eles sentem por você, ou a vontade de estar junto, ou seja lá o que for, superar o "Apesar de..."

Quando o seu jeito de falar alto não incomodar a sua amiga ao ponto dela não querer mais ir a uma cafeteria com você. Quando o seu ciúme não falar mais alto que a histeria. Quando sua amizade for maior que o sono das três da manhã. E ouvir as lamúrias de sua amiga for mais importante que descansar mais um pouco. Quando aquele favor negado (e justificado!) não for mais importante que a amizade gostosa que vinha surgindo.

E daí eu concluo que Martha está certa. Aliás, certíssima.

E os outros. Aqueles.. sim, aqueles que nos amam. Eles também nos amam Apesar de.

E daí o mundinho fica maior que o seu umbigo.

Pense nisso."


A linda Elisa Avelar do blog Lisa

Nínive está impressionada, reflexiva, pensativa e vai resignificar esse texto para a sua vida.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Era para dar tudo certo: o quase não deixou.

Bruno Marzola conhecido também como Rural é graduando em
Gestão Ambiental e Pós Graduando em Gestão em Agronegócios.
Como pré requisito da faculdade ele terá que apresentar um trabalho
que será sua 1ª Apresentação de Iniciação de Potros - Doma racional
que acontecerá durante o Porteira Adentro na
FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba
nos dias 10 e 11 de junho de 2011 das 08h às 17h.
Bruno é precursor na área de doma de cavalos e burros
tendo em seu currículo cursos de Doma ministrado pelo instrutor João Batista da Silva,
1º Curso de Iniciação de Potros promovido pela Fazenda Querença e
Fazenda Angicos e Clínica das Rédeas ministrado pelo juiz e treinador norte-americano
Doug Milholland no Rancho Seabra realizado pela Associação Centro-Oeste do Cavalo de Rédeas - ACOR.




Ele tem 1,80, olhos verdes e é de uma determinação im-pres-sio-nan-te. Sua beleza não é seu forte, apesar de chamar atenção. O seu forte é a sua paixão: Doma.

Bruno apareceu na minha vida quando por duas tentativas frustradas tentou mostrar seu trabalho na faculdade onde estuda. Depois de rodar 1.000 flyers, convidar amigos e envolver pessoas, sua apresentação foi cancelada duas vezes, no mesmo lugar, por diversos fatores. Sua sorte, é ser aluno do meu pai, um cara que a-ma dar aula e deu todos os créditos para Bruno apresentar seu trabalho de forma prática. Com seus contatos, conseguiu que Bruno - a convite do vice diretor (e amigo) de outra faculdade, permitisse que ele fizesse sua apresentação em dois dias em um projeto de extensão maravilhoso que essa outra faculdade promove uma vez por ano, chamado Porteira Adentro.

Em um almoço, há umas semanas atrás, papai contou o que tinha acontecido com esse aluno e me pediu para ajudá-lo. Passei meu celular e desde então toda semana temos saido para, do zero organizar pela terceira vez o evento. Fomos atrás de novos patrocinadores, frete, carreto, camisa, bordadeira, calça, bandeirinhas, montamos a arte, revimos, mandamos prá gráfica, distribuimos, divulgamos ... consegui até que o Jornal de Uberaba publicasse uma nota sobre seu evento.


Nessa sexta (10) e sábado (11) eu finalmente veria Bruno Marzola fazer sua 1ª Apresentação de Iniciação de Potros - Doma racional. Nada mais o deteria. Nem a mim, nem a ele.

Ou quase nada.

Ontem, por volta das 15h uma rajada de vento com chuva era tudo aquilo que faria Bruno não se apresentar. Ele estava no campus preparando a acomodação do cavalo (junto com outros alunos que estavam também montando seus trabalhos), quando viram tudo ir para os ares: banner, faixas, tendas, pinheiros caindo inteiros, lascados, carrinho de churros, lonas ...

A força do vento foi destruindo e desmanchando um trabalho de semanas de todos os alunos e além do investimento financeiro, estava voando também a oportunidade de muitos de mostrar seu valor. Incluindo Bruno.


Estava cochilando quando ele me ligou. Quase não consegui responder ao que ele me contava. Só fazia chorar escondido. Ele percebeu, desligou e veio parar aqui em casa. Bruno é ainda mais lindo quando fala com o coração. Não tô aguentando lembrar de suas palavras que fico embargada. Ganhei um abraço, palavras gentis e delicadas de gratidão e um amigo.



No curral que ele montou, nada aconteceu





Nem a barraca desmontou


Um dos estandes destruídos



Outra estrutura no chão





Bruno desmontando o curral



Rodrigo e Bruno



Bruno Alves Marzola




Bruno, vamos fazer mais trinta e três, vezes três, viu?

sábado, 21 de maio de 2011

Meu querido blog

Essa semana começei a fazer dieta. Preciso perder uns kg aí.
O médico me aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito.
Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo.
Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.

Primeiro dia de dieta:

Uma fatia de queijo branco.
Um copo de diet shake.
Meu humor está maravilhoso.
Me sinto mais leve.

Segundo dia de dieta:

Uma saladinha básica.
Uma fatia de queijo branco.
Algumas torradas e um copo de iogurte.
Ainda me sinto maravilhosa.
A cabeça dói um pouquinho, mas nada que uma aspirina não resolva.

Terceiro dia de dieta:

Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito.
Achei que fosse ladrão.
Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago.
Roncando de dar medo.
Tomei um litro de chá.
Fiquei urinando o resto da noite.
Anotação: Nunca mais tomo chá à noite.

Quarto dia de dieta:

Estou começando a odiar salada.
Me sinto uma vaca mascando capim.
Estou meio irritada.
Mas acho que é o tempo.
Minha cabeça parece um tambor.
Janaína (aquela estagiaria novinha) comeu uma torta alemã hoje no almoço.
Mas eu resisti.
Comi só duas fatias de queijo branco.
Anotação: Odeio Janaína

Quinto dia de dieta:

Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu vomito!
No almoço, a salada parecia rir da minha cara.
Gritei com o boy hoje!
E com a Janaína.
Preciso me acalmar e voltar a me concentrar.
Comprei uma revista com a Gisele na capa.
Minha meta.
Não posso perder o foco.

Sexto dia de dieta:

Estou um caco.
Não dormi nada essa noite.
E o pouco que consegui, sonhei com um pudim de leite.
Acho que mataria hoje por um brigadeiro...

Sétimo dia de dieta:

Fui ao médico.
Emagreci 250 gramas .
Tá de sacanagem!
A semana toda comendo mato.
Só faltando mugir e perdi 250 gramas !
Ele explicou que isso é normal.
Mulher demora mais emagrecer, ainda mais na minha idade.
O fedamãe me chamou de gorda e velha!
Anotação: Procurar outro médico.

Oitavo dia de dieta:

Fui acordada hoje por um frango assado.
Juro!
Ele estava na beirada da cama, dançando dança do ventre.
Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaína diz que é porque estou parecendo o Jack do `Iluminado´.

Nono dia de dieta:

Não fui trabalhar hoje.
O frango assado voltou a me acordar, dançando a kara karamba kara karaô dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv.
Acho que existe um complô.
Todos os canais passavam receita culinária.
Ensinaram a fazer Torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole.
Anotação:Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu pela janela.

Décimo dia de dieta:

Eu odeio Gisele Bundchen!
Com photoshop até a Dercy Gonçalves fica gostosa.

Décimo-primeiro dia de dieta:

Chutei o cachorro da vizinha.
Gritei com o porteiro.
O boy não entra mais na minha sala e as secretárias encostam na parede
quando eu passo.

Décimo-segundo dia de dieta:

Sopa.
Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado, ele rouba.

Décimo-terceiro dia de dieta:

A balança não se moveu.
Ela não se moveeeeeu!
Não perdi um mísero grama!
Comecei a gargalhar freneticamente.
Assustado, o médico sugeriu um psicólogo.
Acho que chegou a falar em psiquiatra.
Será que é porque eu o ameacei com um bisturi?
Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.

Décimo-quarto dia de dieta:

O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta,
embora meio enfezada, é um doce.

Décimo-quinto dia de dieta:

Matei a Gisele Bundchen!
Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos magérrimas que tinha
em casa.
Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.

Décimo sexto dia:

Não estou mais de dieta.
Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão.
E arrematei com a torta.
Ela realmente era um doce ........


Frase de Reflexão:

Certas dietas são simples; basta cortar o açúcar, as frituras, as massas,as bebidas alcoólicas, os pães e os pulsos.


Nínive já perdeu seis quilos, faltam quatro. Uma salva de palmas prá mim por favor.