Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Brega é a mãe!

ô lá em casa!



A balança acusou a perda de zero gramas. Eu quero saber se o problema é com a balança ou comigo, porque estou revoltada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

Na verdade já troquei de balança, mas estou pensando em processar os fabricantes. As partes salientes tipo traseiro, coxas, barriga e culote vão bem, obrigada. Apesar d'eu ter voltado a vestir roupas que não estavam me cabendo, a balança não tem sido minha testemunha ocular. Ao contrário, me desmente na cara dura.

Agora a revolta master é: porque meu punho afinou? Meu relógio chiquerésimo Michael Kors está brincando de bambolê e eu já mandei pará-parô. E se eu não me engano meus peitos eram maiores.. alguém pode me explicar se fazer 1h30 de caminhada 4x por semana e dançar aos sábados faz perder punho? Peithu?

Consultando meu personal-cafa ontem, ele deu uma explicação que não entendi bulufas mas deve ser porque a gente bebeu e deve ser também porque sou uma Dori. Desde sempre.


- Teacher, dá pra repetir a explicação?

Então lembrei-me que a miss orca janeiro de 2011 - digo, eu - estie em Caldas e tirei umas fotinhas de maiô tamanho família, porque me recusei a entrar nos meus biquínis by Vitória. E a bem verdade é que ELES se recusaram a mudar de P para GGGGGGGG sem ajuda de um Hare Krishna.

Meses depois resolvi tomar sol 'na laje' de casa e jurando que estava mais magra, tirei fotos do meu celular mirando pelo espelho. Vai ser brega assim lá no Pará!!!!!

De qualquer forma uma coisa eu preciso dizer a meu favor, afinal nem tudo tá tão dramático assim: a forma do meu corpo mudou. As gorduras devem estar melhor distribuídas ou as pessoas não estariam dizendo que eu continuo perdendo peso.

Por isso minha gente do meu Brasil Varonil: faço aqui um apelo - igual ao que fiz pro Bono Vox ser o Presidente do Mundo - não precisam dizer que emagreci; digam apenas que tô toda boa tá?

brega é a mãe!



Mas se insistirem em me chamarem só de Nínive eu atendo também.


Nínive usa biquini Kame Modas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Não resista às tentações ...

Me disseram que guardo muito as coisas para mim, que não falo, não me abro, não me revelo. Que pondero, que tento ser delicada para falar, que escuto muito, falou pouco, ou guardo por algum tempo tudo que está me incomodando. E quando falo, é na hora errada ou o problema já passou.


Bem lembro Sheila que falava que as reuniões no escritório deveriam acontecer em um dia e o feedback em outro, porque eu ouvia tudo calada, assentia coma cabeça, não fazia perguntas e no outro dia chegava irada com as coisas que tinha ouvido 24 horas antes. Danava a falar, com ela, que não tinha nada a ver com o pato. Falei, pronto, acabou, acalmei. Prá ficar melhor, só um brigadeirinho fim de tarde. Ô delícia! (adoro falar delícia)

O meu normal é processar todas as informações depois. Daí, quando a ficha cai, ensaio tanto para falar que o desabafo para minha consciência pensando alto no chuveiro me abduz e aí o que ocorre é: (1) quando vou falar já perdeu a graça e o tempo se encarregou de resolver; (2) fico bravíssima e nervosa e falo alto, com os olhos arregalados e as sombrancelhas arqueadas, quase caindo cabelo atrás, para a pessoa que não tem nada a ver com a paçoca. Falei, pronto, acabou, acalmei. Prá ficar melhor, só um brigadeirinho fim de tarde. Ô delícia! (já falei que adoro falar delícia. A-do-ro.)

Nas minhas palavras: quando desabo, dou um show com a banda Calypso de fundo.
Que coisa mais feia.
Mas é verdade.

Agora a mais pura verdade é que ando guardando muita coisa, desde um bom tempo, para muita gente, incluindo a mim mesma. A dificuldade é tanta que uma amiga querida do core outro dia me fez admitir desapercebidamente algo que eu estava escondendo de mim mesma. Quando falei (na verdade estávamos no msn), prontamente ela respondeu: "isso eu já sabia, só queria saber se você admitiria prá você mesma".

Pronto! Se eu já tinha um problema, agora arrumei dois.

Mentira ... de certa forma nem é tão mal assim, mas e o bloqueio, a vergonha, a falta de jeito? Tem coisas que não tem como! Já escrevi aqui: "nem todas as coisas nos são possíveis". Não consigo abraçar tudo, mesmo dizendo que sim, eu posso! Já falei aqui também que eu queria ser uma peixinha e colocar todos os meus querido dentro da boca. Cuidar, trazer prá mim. Prá dentro de mim. Tenho dido também: "para não te perder, prefiro não te ter".

Não, não estou falando exclusivamente de alguém. Sim também estou falando. Mas também estou escrevendo sobre você que está me lendo e é daqueles que fica protelando isso ou aquilo da sua vida. Por que? Prá que?

Aí que li o texto abaixo e resolvi (resolvi?) fazer o que Millôr Fernandes certa vez escreveu: "Não resista às tentações, elas podem não acontecer novamente".




Vòila!




Faça o que você ama e o faça frequentemente.
Se você não gosta de algo, mude-o.
Se você não gosta do seu emprego, peça demissão.
Se você não tem tempo suficiente, pare de assistir tv.
Se você está a procura do amor da sua vida, pare;
ele estará esperando por você quando você começar a fazer o que ama.
Pare de analisar demais, todas as emoções são belas.
Quando comer, aprecie cada última mordida.
A vida é simples.
Abra sua mente, braços e coração para coisas e pessoas novas, somos todos unidos por nossas diferenças.
Pergunte à próxima pessoa que vir qual é a sua paixão, e compartilhe seu sonho com ela.
Viaje frequentemente;
se perder o ajudará a encontrar-se.
Algumas oportunidades aparecem somente uma vez, agarre-as.
A vida são as pessoas que você encontra,
e as coisas que cria com elas.
então saia de casa e comece a criar.
Viva seu sonho e vista sua paixão.
A vida é curta.”




Nínive tá assim ... é ... digamos .. então ... um pouco .. ou melhor, muito ...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Efeito cólera




Teve gente que passou o dia dos namorados sozinho(a) e ficou esperando o dia de Santo Antônio na segunda-feira para acertar com Ele a sua promessa casamenteira. Eu, fui a uma Folia de Reis e saltei (bem longe) da fogueira Dele. Simpatizei mais com a fogueira do São João, até porque na verdade era ela que estava me esquentando. E só. Foi o máximo que aproveitei (Tá, comi horrores também).

E ouvi cada mandinga que só pude rir depois que cheguei em casa. Preciso respeitar a vontade (desesperada) do povo de casar. Ou de se casar de novo. Como eu tô naquela fase de "o cabra vai ter que ser muito homem prá me pegar de novo", é normal que eu ache graça ao ver as pessoas arrancando lascas do pau da fogueira do Santo Antônio para fazer chá e beber (doei a minha lasca e ela foi prontamente arrancada)ou, jogando as cinzas pro alto e tentar ler depois que elas vão ao chão a letra que se formou. E conferir no celular o nome das pessoas correspondentes. E liga-a-a-a-r!!!

Mas foi no face de uma amiga de Tupa que eu rolei de rir. 48 pessoas participaram da conversa e vi que ainda há muito que se pode fazer trocar o estado civil. Achei que a mandinga que uma colega minha fazia era tudo o que eu sabia sobre ameaçar o prometedor (???) de casamento. Ela brigava com o namorado, ia na beirada da cama, pegava o coitado, enfiava dentro de um saco plástico, colocava dentro do congelador, de cabeça prá baixo e gritava: vai ficar aí até minha raiva passar!!!
E ele ficava lá coitado. Junto com 'os feijão' congelado. Eu chegava a ter dó, mas antes ele que eu.

Mas depois do que li, assenti; estive enganada. Ainda há muito o que se pode fazer em prol de um matrimônio. Espia:


- já posso colocar o meu (santo) de cabeça para baixo?
- nem rola judiar dele, vai que ele se revolta?
- mas ele sempre foi revoltado comigo rs
- ‎Dizem que tem que colocar ele de cabeça para baixo dentro do copo d'agua né... o meu vai pro fundo da piscina auhuhauhauha
- só colocar de cabeça para baixo e dentro d'agua... conheci a irmã de uma esse fds que foi mais radical... decapitou o santo e até o menininho.... oq o desespero não faz... kkkk
- Eu ganhei o meu tem 1 ano e nada!!! auhauhauh
- Daqui a pouco vocês vão querer afundar a cabeça dele na água fervendo!... Beijos!
- eu to pior q a Fernanda o santo antonio eu ganhei da maria clara há uns 8 anos atras, e ele ta sendoi mto pirracento: primeiro não me trouxe coisa boa, depois apelou e resolveu nao me trazer nadaaaa. sofro d+ kkkk
- Se com o Santo Antônio vocês são tão amáveis assim, fico imaginando o que vocês fariam com um marido traidor!...
- o marido bonzinho a gnt trata bem, mas o traidor é melhor nem voltar p casa rsrs
- Amiga...ontem a noite fiz minhas oracoes...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...vamos ver se Santo Antonio funciona!!!
- Com marido traidor ?!!! Eu esperaria ele dormir, ia na cozinha esquentava um azeite, voltava pro quarto e derramava no ouvido dele kkkkkkkkkkkkk


I Curso de Beatificação e Canonização. Homens e Mulheres. Vagas limitadas.

Inscrições comigo.

Alguém?

A-l-g-u-é-m??

Nínive poupou a parte dela, mas agora tá com medo Dele ter gostado e lhe sua graça.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apesar de ...


Tenho enorme prazer em ler e escrever. Pela hora, pode-se ver até que horas me proponho a fazer isso. Juro-te que ainda vou ler antes de dormir - estou lendo Comer, Rezar e Amar. Para os dia dos namorados eu sai com um: "e tem mesmo que passar o dia dos namorados com um namorado? Você por um acaso vai passar o dia do índio com um índio? O dia da árvore com uma árvore?"

Ainda bem que acabei não escrevendo nada disso, apesar de repetir isso o dia todo e rir sozinha quase sem conseguir terminar minha pérola. Aí que li algo muito melhor que meu estapafúrdio dito ao léu. Olha o que minha amada-idolatrada-salve-salve professora de Vitória/Es postou no seu blog sobre o dia romântico de domingo.

"Hoje li um texto dela (sim, Martha Medeiros) e me encantei com o que li. Sempre uso a expressão "ainda estou digerindo" quando o que leio ou escuto demoram (horam, dias, semanas e até meses...) para serem assimilados. Normalmente são coisas que sei, mas reluto em admitir. Daí, fico digerindo. Com cautela, cuidado...

E hoje lí que "a gente gosta de uma pessoa não por causa de, mas apesar de. Que gostar do que é gostável é fácil: gentileza, bom humor, inteligência, simpatia (...) tudo isso a gente tem em estoque na hora em que conhece uma pessoa e resolve conquistá-la. Os defeitos ficam guardadinhos nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão saindo do esconderijo e revelando-se no dia a dia".

Ela narra isso levando para o lado amoroso. Concordo plenamente! Como já disse aqui algumas vezes, alma gêmea não existe. "O que existe é vontade de estar junto, trazê-la para o nosso mundo e entrar no mundo dela".

Ela é organizada. Ele, bagunceiro. Ela, gastadeira. Ele, pão duro. Ela, ama ler. Ele, adora video game. Ele, desencanado. Ela, muito ciumenta. E eles se amam. E enquanto o amor for maior que o apesar de, ok. Porque existem momentos em que o apesar de... fala mais alto. E daí você olha ao lado e percebe que as diferenças são maiores que o amor. E daí cada um segue o seu rumo... e daí, Frederick Perl fará mais sentido quando afirma:

"Eu faço as minhas coisas e você faz as suas.
Eu não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas.
E você não está neste mundo para satisfazer as minhas.
Você é você, e eu sou eu.
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
......Se não, nada se pode fazer."

Hoje é Dia dos namorados. Mas pense um pouquinho. Vá mais além... Enão fique presa ao seu mundinho de relacionamento amoroso. Não que ele não importe. Claro que importa, e muito! Mas pense em seus relacionamentos. Com todos. Seus amigos, parentes, colegas de trabalho... As pessoas vão gostar de você quando o amor que eles sentem por você, ou a vontade de estar junto, ou seja lá o que for, superar o "Apesar de..."

Quando o seu jeito de falar alto não incomodar a sua amiga ao ponto dela não querer mais ir a uma cafeteria com você. Quando o seu ciúme não falar mais alto que a histeria. Quando sua amizade for maior que o sono das três da manhã. E ouvir as lamúrias de sua amiga for mais importante que descansar mais um pouco. Quando aquele favor negado (e justificado!) não for mais importante que a amizade gostosa que vinha surgindo.

E daí eu concluo que Martha está certa. Aliás, certíssima.

E os outros. Aqueles.. sim, aqueles que nos amam. Eles também nos amam Apesar de.

E daí o mundinho fica maior que o seu umbigo.

Pense nisso."


A linda Elisa Avelar do blog Lisa

Nínive está impressionada, reflexiva, pensativa e vai resignificar esse texto para a sua vida.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Era para dar tudo certo: o quase não deixou.

Bruno Marzola conhecido também como Rural é graduando em
Gestão Ambiental e Pós Graduando em Gestão em Agronegócios.
Como pré requisito da faculdade ele terá que apresentar um trabalho
que será sua 1ª Apresentação de Iniciação de Potros - Doma racional
que acontecerá durante o Porteira Adentro na
FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba
nos dias 10 e 11 de junho de 2011 das 08h às 17h.
Bruno é precursor na área de doma de cavalos e burros
tendo em seu currículo cursos de Doma ministrado pelo instrutor João Batista da Silva,
1º Curso de Iniciação de Potros promovido pela Fazenda Querença e
Fazenda Angicos e Clínica das Rédeas ministrado pelo juiz e treinador norte-americano
Doug Milholland no Rancho Seabra realizado pela Associação Centro-Oeste do Cavalo de Rédeas - ACOR.




Ele tem 1,80, olhos verdes e é de uma determinação im-pres-sio-nan-te. Sua beleza não é seu forte, apesar de chamar atenção. O seu forte é a sua paixão: Doma.

Bruno apareceu na minha vida quando por duas tentativas frustradas tentou mostrar seu trabalho na faculdade onde estuda. Depois de rodar 1.000 flyers, convidar amigos e envolver pessoas, sua apresentação foi cancelada duas vezes, no mesmo lugar, por diversos fatores. Sua sorte, é ser aluno do meu pai, um cara que a-ma dar aula e deu todos os créditos para Bruno apresentar seu trabalho de forma prática. Com seus contatos, conseguiu que Bruno - a convite do vice diretor (e amigo) de outra faculdade, permitisse que ele fizesse sua apresentação em dois dias em um projeto de extensão maravilhoso que essa outra faculdade promove uma vez por ano, chamado Porteira Adentro.

Em um almoço, há umas semanas atrás, papai contou o que tinha acontecido com esse aluno e me pediu para ajudá-lo. Passei meu celular e desde então toda semana temos saido para, do zero organizar pela terceira vez o evento. Fomos atrás de novos patrocinadores, frete, carreto, camisa, bordadeira, calça, bandeirinhas, montamos a arte, revimos, mandamos prá gráfica, distribuimos, divulgamos ... consegui até que o Jornal de Uberaba publicasse uma nota sobre seu evento.


Nessa sexta (10) e sábado (11) eu finalmente veria Bruno Marzola fazer sua 1ª Apresentação de Iniciação de Potros - Doma racional. Nada mais o deteria. Nem a mim, nem a ele.

Ou quase nada.

Ontem, por volta das 15h uma rajada de vento com chuva era tudo aquilo que faria Bruno não se apresentar. Ele estava no campus preparando a acomodação do cavalo (junto com outros alunos que estavam também montando seus trabalhos), quando viram tudo ir para os ares: banner, faixas, tendas, pinheiros caindo inteiros, lascados, carrinho de churros, lonas ...

A força do vento foi destruindo e desmanchando um trabalho de semanas de todos os alunos e além do investimento financeiro, estava voando também a oportunidade de muitos de mostrar seu valor. Incluindo Bruno.


Estava cochilando quando ele me ligou. Quase não consegui responder ao que ele me contava. Só fazia chorar escondido. Ele percebeu, desligou e veio parar aqui em casa. Bruno é ainda mais lindo quando fala com o coração. Não tô aguentando lembrar de suas palavras que fico embargada. Ganhei um abraço, palavras gentis e delicadas de gratidão e um amigo.



No curral que ele montou, nada aconteceu





Nem a barraca desmontou


Um dos estandes destruídos



Outra estrutura no chão





Bruno desmontando o curral



Rodrigo e Bruno



Bruno Alves Marzola




Bruno, vamos fazer mais trinta e três, vezes três, viu?