Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pela máxima de sorte e pelo mínimo de respeito


Toda vez que vamos a Ituverava é uma alegria que não cabe no sorriso largo cheio de dentes. Como não somos mais aprendizes de viajantes, levamos tudo, praticamente todo o nosso guarda-roupa e paramos de vez de ficar sem o que vestir já que vamos para ficar um dia e ficamos dois. Hotel a gente quase não paga mais. Tem uma árvore ótima em frente ao hotel Domus que encostamos enquanto os taxistas nos vigiam. Os transeuntes nem param mais para olhar as duas descaídas de maquiagem black, meia fina rasgada (da Giselle, claro) e o pescoço melando de suor. De certo só olham de soslaio e pensam: as duas de novo!

Tudo tem sido motivo de alegria. Mesmo quando a viagem não sai tão legal o quanto programamos...'tá nós lá de novo.

Até que ....

.... no último final de semana mudamos radical e propositalmente nossos planos de ir a um show na cidade para nos encontrarmos com o povo em um sítio há 22 km de Ituverava onde fomos muito bem recebidas. Passamos a noite toda. Diverti-me o quanto pude, até onde deu, mas nem tudo foram flores. Dá nada não. Cansada, tirei as lentes que estavam irritando meus olhos e capotei no banco de trás do carro. Acordei com a Giselle dizendo que iríamos dormir na cidade e que os meninos estavam voltando e iríamos segui-los.

Ela tinha bebido até e estava de lente, eu tinha bebido quase nada e não estava. Nesse caso, ela foi dirigindo. Tudo bem que ela não tirava o carro do lugar e os meninos tiveram que dar uma mão empurrando e fazendo-a andar até quase a estrada, mas toda a graça acabou por aí. Daí pra frente custamos a acompanhá-los que estavam acelerados e não nos ouvia buzinar. Tivemos que parar, pois o vidro do carro estava embaçando. Custamos a ver que era por dentro, mas a essa altura os tínhamos perdido de vista. Assim que ajustamos o vidro, aceleramos, buzinamos, mas veio uma curva e os perdemos de vez.

Não sabemos se passamos reto ou se fizemos uma curva. Era madrugada e com o horário de verão, o dia demorou a amanhecer. Entramos em todas as vias que nos pareciam familiares e tentamos sair. Não deu.

Quando da ida fomos instruídas a chegar em um determinado quilômetro parar e ligar antes de entrar na estrada de terra. “O sítio é meio complicado de chegar e pode parecer que se perderam, mas fiquem tranqüilas que sempre verão placas indicativas e ó, o celular não pega a partir desse ponto”. “Beleza - respondemos - se em meia hora a gente não chegar nos socorre”. Então no retorno achamos que veríamos placas ou pelo menos as que vimos na ida, para tentar ir ao contrário. Só víamos cana, cana, cana e um breu horroroso.


Há essa altura a Giselle sarou e de certo passei a enxergar, porque com o dia amanhecendo e a gasolina acabando junto com a bateria do celular a 13%, tivemos que começar a pensar no que fazer. Eu estava em pânico e indignada com a falta de humanidade. Não conseguia entender porque fizeram isso conosco. Ainda não consigo.

O dia amanheceu, eu estava com sede, com dor de barriga, com calor, com vontade de chorar e fazendo conta de que seria dada nossa falta só na segunda-feira. Olhei em volta e vi um bombom, meus óculos de sol, e lembrei que tinha filtro solar na bolsa. Pensei: queimadas não vamos ficar, nem com sede e de certo vou beber xixi, da Giselle, porque ela bebeu a noite toda – eu nem isso!

Dá-lhe canavial minha gente até que o celular da Gi tocou. Era um deles, perguntando onde estávamos.

- Adivinha? Uma chance! No canavial, acredita?
- Pega a estrada que tiver chão batido e vem no rumo dos postes.
- Estamos em um cruzamento com seis entradas de terra de chão batido. Qual você quer que eu entre?
- Então pega o lado dos postes.
- Não tem poste nenhum, só cana, ela está alta, não estamos vendo nada.
- Gi, me escuta, pega a estrada de chão batido.
- Já te falei que estou em um cruzamento com seis entradas.
- Vem para o rumo dos postes.
- Enfezada ela esbravejou: vocês perderam a gente, não esperaram, fiquei igual uma louca buzinando. Vocês voltam e acham a gente! Não quero saber, voltam e acham a gente!
- Pega a estrada de terra de chão batido e vem para no rumo dos postes.
- Tu tu tu tu tu ...

Terrível né? Com uma conversa prolixa dessa tem que amarrar no tronco, arrancar a roupa e bater de pau fincado de prego.

Ponteiro da gasolina descendo e celular 5%. Hora de agir ou vamos beber xixi mesmo!

Anotei dois números de celular com batom na minha coxa caso conseguíssemos um telefone ou se alguém nos encontrasse. Passamos a observar rastro de pneu recente e ele nos deu em uma fazenda. Entramos e achamos que andamos muito, voltamos e paramos. Nesse momento nos demos conta que tínhamos saído do labirinto, a cana agora estava só de um lado e com cerca e do outro lado, um descampado grande e bonito. Mas nada de poste. Seguimos rente a cerca e andamos um bocado. Avistamos um tanque de peixe, outras fazendas e ahhh asfalto. O graças a Deus saiu sem som, mas o do carro foi até aumentado. Colocamos os óculos de sol e relaxamos.


A adrenalina baixou e com ele o sono. Apaguei. Giselle também; pescou várias vezes, por pouco não deu conta de chegar, achamos que estávamos em uma cidade, mas estávamos em outra. No final, foram uns 40 Km perdidas e chegamos no por volta das 08h30. A bichinha desmontou. Eu fui tomar banho, tirar maquiagem e tentar relaxar. Não deu. Fiquei velando o sono dela e matutando o que faz um ser humano fazer isso com o próximo.

Nesse dia, não pudemos contar com os meninos. Só com a sorte e é graças a ela que vos escrevo.

P.S.: menos dois amigos no Facebook
P.S.: Nínive já acalmou
P.S.: Giselle, te pego essa semana, me aguarde!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Medida certa


Algumas vezes nossa auto-estima esta condicionada às opiniões alheias. É difícil você usar um cabelo que já te falaram que não tá bom. Usar ombreiras em moda de um ombro só, usar óculos de grau enquanto as lentes de contato te deixarão mais sexy.


Mas submeter-se a essa concessão é muito mais difícil e ainda não te eleva em nada. No máximo a uma referência que é de todo mundo. Menos a sua.

Outro dia troquei minha camisa e calça por uma blusinha e saia curta de paetê linda. Fui ficar na moda e acabei me incomodando e me frustrando com o traje. Botei defeito na festa toda e eu era a única que estava dando defeito.

Gosto dos meus cabelos lisos e curtos. Gosto de ombreiras, mangas bufantes, camisa, óculos de grau e batom vermelho. Cultivo hábitos há anos, como de dormir (cochilar não, dormir mesmo) toda a tarde nos fins de semana, ler a noite, lavar os cabelos dia sim e dia não com xampus alternados, pintar os cabelo de vermelho com o tom 6.66 de qualquer marca que acho em um supermercado, usar o mesmo tom nas unhas quase toda semana, dançar pela casa com as coreografias que monto, cantarolar em francês, escrever. E agora uma tal de dieta que terá que se tornar um hábito pra vida toda de certo.

Até meus 30 anos, oscilava o peso em 2 ou 3 kg e tá eu magra de novo. Acho que um dia depois do meu aniversário, meu metabolismo falou: ô bem, agora, daqui pra frente é com você. Cuida de mim como cuidei de você em 30 anos. Depois a gente destroca de novo.

Não dei bola. Comecei a dançar aqui, a fazer caminhadinha ali, depois parei com tudo, menos com meus finais de semana em que adoro sair pra comer. A-di-vi-nha?

10 kilos.

Fui tirando a bolsa, a moeda que estava no bolso, tirei uns 3 botões da camisa, minha tornozeleira, mas deu não. 10 kilos cravados. Desci da balança, me recompus e fui pra casa pensativa sobre voltar ao meu peso. Primeiro eu arrumei um monte de motivos para continuar feliz com meu corpo: eu estou me sentindo bem, minhas roupas estão me servindo e o meu conteúdo maior está no meu cérebro e não no meu corpo. Isso foi o suficiente para eu parar de me preocupar, mas o fato é que percebi com os dias que acabei por me incomodar sim, mas não queria admitir. E quando a cabeça perturba, tudo bagunça dentro de você. Roupas jogadas na cama na hora de sair, um troca-troca sem fim e as desculpas de ah, não, regime? Por quê?

Demorei algumas semanas até me decidir e enquanto isso da-lhe batata frita, queijo, chopp, cachorro quente, omelete, nhannnnahnnnnhannnnmmmm.

E o 1 de setembro chegou, sábado, dia em que comecei a dieta.

Dias antes um médico esteve na Agência onde trabalho e em uma conversa informal disse que o sobrepeso e o obeso nada mais são que pessoas com algum tipo de problema emocional, porque o corpo requer uma limitada quantia de alimentos e líquidos em ordens diferentes e espaçadas e não como fazemos: almoço mais suco mais sobremesa, por exemplo.

Esse comentário me fez refletir que não posso permitir que meu estômago determine o quanto quero comer, mas sim meu consciente. Não preciso comer o mínino a ponto de ficar com fome, mas também não preciso comer todo o self-service.

Então sábado foi o dia. Dizer que fico com fome não é verdade, mas a mudança de hábitos foi radical: de coca-cola com Pringles a pão integral, ricota, soja, sorvete natural, cenoura, água, alface e comida japonesa, vamos combinar é uma mudança e tanto. A última então eu só como porque acho chique e saudável.


Agora chique mesmo vou ficar de biquininho cortininha ano que vem no Cruzeiro que estou me preparando. Aí sim toda essa leréia terá valido a pena. E ai môzamores podem me chamar de gostosa que atendo!







Nínive sempre foi gostosa. Hihi.

terça-feira, 31 de julho de 2012

VOCÊ 1234

Fiz um treinamento há mais de um tempo atrás chamado VOCÊ. Trata-se de técnicas da Programação Neurolinguistica (PNL) onde se usa “algumas metodologias e ferramentas desenvolvidas para gestão de pessoas”. Dessa forma eles conduzem a pessoa “a um encontro com a sua essência mais pura, alcançando um equilíbrio de suas emoções para compreensão de seus comportamentos e atitudes que definem os seus relacionamentos pessoais e profissionais."

É realizado em um final de semana com entrada na sexta após às 18h e saída no domingo após o almoço. Eles definem esse final de semana como “fechar os olhos para o mundo e abrir para dentro de si”. Achei lindo esse conceito.

Durante o processo, são aplicados “conceitos, técnicas e exercícios de aplicação prática, baseadas nos 4 pilares de sustentação do desenvolvimento humano: auto estima, inteligência emocional, comunicação e relacionamentos.

Bento Gonçalves o idealizador desse projeto faz como chamada principal no seu site: “Seu mundo muda quando você muda”. Forte isso não?


No dia seguinte ao treinamento, há um encontro em uma Pizzaria qualquer onde são realizados os depoimentos dos participantes e depois o jantar. O VOCÊ hoje está no 46, eu fiz o 29 e foi a primeira vez que fui na pizza e cheguei antes dos depoimentos. É interessante como as pessoas sentem a necessidade de dividir as experiências obtidas e contam casos curiosos e até emocionantes. Óbvio que outros ainda não vencidos pela timidez, ou ainda pelo fato da “ficha” não ter caído, se resguardam no direito de não se manifestar e guardam para si o turbilhão de sentimentos aflorados.

Pós treinamento, saímos um pouco abatidos, também leves e alegres. O final de semana não é uma colônia de férias, também não é um confessionário, divã ou purgatório. Você só faz o que quer e pode pedir sua grana de volta se não gostou de nada do que te sucedeu. Pode pedir pra sair, mas vai ficar em êxtase se conseguir ficar. As promessas de bons fluidos se realizam e é difícil não se emocionar. Difícil.

Cheguei como uma galinha choca. Brava. Como se tivesse um monte de pintinhos a cuidar. E fazia cara de paisagem a tudo que acontecia. Não fui ali pra chorar, muito menos pra contar da minha vida. Queria saber que horas iríamos comer, tomar sol e dormir. A minha sorte foi que participei de tudo de coração aberto. Então não estanhei quase nada. E fui arrebatada.

Em uma dinâmica, no sábado, sob as mãos do Pedro abri meu coração e ouvi o seu. Depois disso não desgrudei dele. Vez ou outra nos falamos por e-mail ou mensagem e até hoje não consigo explicar esse amor que sinto por ele: grande, livre, incólero.

Ontem, na pizza, reacendeu a chama das âncoras a que fui submetida e me peguei de boca aberta ouvindo os depoimentos. Queria o Pedro ali, acredito que ele poderia gostar. Fechei a boca e me sentei na hora do jantar, próximo a uma recém treinanda e uma amiga. Amiga psicóloga. Ficamos de papo cabeça até a hora do sorvete. Cultura fez um bem né?

Além do VOCÊ, eles tem o DIAMOND e o PRACTITIONER. O primeiro é sua relação com as pessoas. O segundo é a relação das pessoas com você e o último é um curso apostilado sobre como, porque e quando cada técnica de PNL pode e deve ser usado de forma a facilitar a comunicação emissor x receptor.

A proposta é tentadora. Eles chamam o custo como investimento pessoal e é mesmo. E tudo o que devemos é investir na gente mesmo, afinal  - basicamente - todo mundo quer ser feliz, ter um pouco de grana, família, ser respeitado e ter saúde.

Cada um deve buscar à sua maneira.
“Você é responsável por você”.
Ninguém pode ser feliz no seu lugar.

Mas se achou esse texto autobiográfico totalmente desconexo ou desnecessário, na faz mal. Tudo é uma questão de ponto de vista. Para as lagostas vivas da cozinha do Titanic, o naufrágio foi o milagre.


Uma semana MA-RA-VI-LHO-SA.

UP de 25 de janeiro de 2016:

Tive a felicidade de concluir o Treinamento VOCÊ nesse fim de semana em Uberaba!!Boas amizades,emoções intensas,aprendizado pra vida toda!!!!
Deixo aqui,meus agradecimentos a todos que me incentivaram pra encarar,aos que compartilharam momentos incríveis comigo,e à equipe organizadora!!Vivam essa experiência!!!
1 2 3 4 - por @leochaves

Existem muitos fãs do seu talento musical, muitos outros admiram a beleza privilegiada e o carisma, mas se o mundo pudesse conhecer o ser humano que existe por trás do ídolo, como eu tive a oportunidade neste fim de semana, a quantidade de fãs aumentaria exponencialmente... Sabedoria, humildade e carinho enorme deste mais novo membro da família voceniana @leochaves #1234 #‎vocetriangulomineirio #‎vocejundiai  #‎institutovocê  #‎familia - por Rodolfo Godoy, Head Trainer do Instituto Você.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Você merece!

Agora, o momento é de profunda tristeza e do olhar para trás: a última vez que viajamos, que nos abraçamos, que rimos juntos, que almoçamos, que fizemos amor. Aquele quase que se não fosse a intersecção, não havia o hoje com promessas como “eu daria tudo para ter de volta”. É esse quase, que vai te arrasar e te levar as lágrimas.

Por algum tempo.

O dia amanhece preguiçoso e só. Se não fosse o balbuciar do quarto ao lado e o riso com baba, seu dia seria mais enuviado. E é por esses risinhos fora de hora e de um som cantante, que você troca o choro por um riso e um bom dia, daqueles de bom mesmo. Porque o melhor está nesse momento na sua frente, te pedindo com os olhos para ficar. E que olhos.

Seu dia deve ser cheio, mas precisa estar lotado. Volte a dançar. Bailarina não chora de dor. Nem na ponta do pé. De tristeza pode chorar; na sapatilha, com jaleco, de pijama. Lembranças são heranças da vida e legitima um passado recente que lateja e faz jus aos lacrimejos. Foi bonito demais, num foi?

Aproveita, porque daqui mais um pouco você vai ficar com raiva e vai atacar quem estiver por perto. Eu mesma vou dar cambré para não pegar em mim, mas depois volto a posição inicial da dança, porque isso também vai passar. Nesse momento, você vai dar os primeiros passos básicos de uma dança solo e vai ver que é uma apresentação bonita também. Que sem a condução obrigatória do cavalheiro, você poderá girar sozinha. Para um lado e para o outro.
Esse exercício novo, que parece complicado, é porque nos acostumamos com. Agora vai ter que acostumar sem. Sair da zona de conforto não é fácil. Ainda bem! Se fosse, ele não seria fundo. Todo fundo do poço tem molas, mas você precisa ir lá, para depois alçar seu vôo mais alto, mais elegante. Como os que você fazia no palco.


A Nina, meu dodoizinho teve que amputar a pata, você sabe. Foi a decisão mais rápida que tomei. Autorizei de imediato. Com a pata quebrada, sem utilidade, estava comprometendo sua qualidade de vida. Depois da cirurgia, a bichinha virou outra. Quando a vi sem o membro, o impacto foi grande, chorei e a abracei ainda semi anestesiada. Mas ó, até os animais tem o direito de ser felizes. Ela não estava.
Você estava?

Sua Florzinha vai te lembrar todos os dias que alguém passou por sua vida e te fez feliz enquanto deu conta. Quando não deu, saiu de cena. Por mais que isso te doa, aceite que também foi uma atitude de coragem que muitos não fazem. Não sofra pelo futuro. Ele está aí todo enorme na sua frente. Lembre do passado como algo sublime e guarde só o que for bom para você.
Foi lhe dada a chance da alegria e do riso fácil como dos tempos de escola igual vi outro dia uma foto sua do Corina com o cabelo modi-pluft.


Hoje você não vai conseguir pensar assim e eu entendo. Guarde esse texto visionando um futuro melhor do que tudo que já lhe aconteceu. Todos somos dignos da felicidade, mas cada um só tem aquilo que merece.
E você mereçe!
Estamos todos aqui em casa chorando por e com você.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Modo OFF

Não sei o que acontece.

Uma vez, há uns anos atrás, durante um período, tive que tomar uma medicação forte, daí que acho que ela queimou uns neurônios, ou desativou uma boa parte.

Na teoria é assim: faço uma organização mental para alinhar horário, com afazeres. Organizo tudo antes de começar e por pouca coisa o ‘trem’ não anda se não estiver alinhado. No dicionário isso se chama sistematizar.
(Adendo: ao contrário do que culturalmente utilizamos a expressão fulano é sistemático para dizer que ele é na dele, cheio de nove horas, ou ainda uma pessoa difícil, sistemático é a pessoa que exerce seu trabalho por sistemas e isso cabe também em lazer).



Na prática vivo brigando comigo mesma: Nínive, nove horas poder ser nove e quinze, nove e vinte,não precisa achar que o relógio da pessoa está com o fuso horário de Zimbabue. Nínive, se seu computador não liga, pega outro, abra os arquivos que der e trabalhe da melhor forma possível. Nínive, se sua amiga emperrou prá sair, ao invés de ligar e xingar a mãe dela, pega o carro e vai buscá-la. O imprevisto sobrevém a tudo e a todos.

Meu problema é o combinar. Serviria para morar naquela época em que palavra valia ouro. Sempre termino as frases com o meu indefectível: combinado!. Não sei desfazer trato, abrir mão das pessoas e chegar atrasada. E se a outra parte faz isso, é como se ela me amarrasse e me colocasse de cabeça para baixo dentro de um tanque cheio d´água. Drama é meu forte também.

Então, como eu passei da fase de dar xilique com a banda Calypso de fundo, comprei nas Organizações Tabajaras o MODO OFF. Paguei a vista. Ele serve para tudo e esse tudo é tudo mes-mo.







Acho que quando meus miolos vão entrar em pane, para se protegerem, eles se desligam e aí entra a Dori. Pode falar, pode mandar ir, esperar, voltar, ficar calado, tudo eu acolho em silêncio, com os olhos fixos na pessoa e com um balançar de cabeça como se estivesse assentindo. Se me perguntar se entendi: balanço a cabeça em sinal afirmativo, mas se me perguntam o que entendi, saiu como um ‘como?’ expressão que delata meu avoamento.

Pessoas próximas sacam na hora e quando não danam, riem e emendam: continue a nadar, continue a nadar. No trabalho uso a meu favor: pode tocar o telefone, o rádio e me chamar no MSN que o poder de concentração é tão grande que não me atrapalho com nenhum desses e vou atendendo e respondendo um a um, sem pressa ou agonia. Na vida social tem que me vigiar. Sou companhia de mim mesma fácil. Andar de carro, muito barulho, silêncio absoluto, tomar sol, caminhar, ouvir música e otras cositas más, só dá eu. Pensa em um egocentrismo. Agora dobra. Chego a ter dificuldade para ouvir, motivo pelo qual prefiro legenda.

No mais sou normal. De longe. Na verdade, a distância de um beiço de pulga como diz Giselle e por ora cantarolo a frase de uma música que achei a melhor do ano: tá a fim de um romance, compra um livro, se quer felicidade vem me ver de novo.



Modo off ligado eti momenti.







sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ó, assim: amo você


Maquiagem, cabelo, roupa, sapato de onça, mais uma olhada no espelho.
-  Quanto estiver pronta, faz sinal de fumaça.
-  1,2,3 e jáááááá!!! Respondi o torpedo .

Em 4 minutos ela estava na porta de casa.
- Bora prá Ituverava beach.
- E lá vamos nós.

Paradinha no posto prá comprar cerveja (quente) e uma ice( querosene de avião) e s’imbora.

Pessoa elétrica, fala, dirige, olha, acelera, freia, ultrapassa um caminhão, conta nos dedos quantos km andamos, acha que passou da entrada, dá um grito:  - é aqui, é aqui, ui!. Vira, contorna, quarta, quinta marcha, terceira, freia, para.

- Liga pro Príncipe e fala que estamos na porta do Espeto.

Fala, fala, ri, fala que quer ser comediante, ri de novo, fala que vai cobrar daí é a gente que não pode rir.
- Praonde vamos mesmo?
- Recinto.
- Então vamos, já são 11h (da noite).

Entra no carro, liga o som no máximo, canta, dança, baliza, ops, pneu encostou, baliza de novo, aewwww.

- Vai tocar o que mesmo?
- Moda de viola.

Só ouço sertanejo universitário. Assunto: será que ‘as moda’ do estado de São Paulo são diferentes das de Minas?

Ela não para de dançar, faz amizade com um véi de 80 anos que adora a companhia e começa a pagar bebida. Mas tem que dançar comigo. E pegar na minha mão – ouso dizer que ele devia estar pensando.

Confusão. Entendi nada. Até hoje. E ela ta lá no maior dê-erre. E o trem nem era com ela. Olho daqui, olho de lá e me vejo sendo carregada pro banheiro. – blá, blá, blá, blá, sim ela estava me falando um monte, além de me acusar de estar errada e um vai lá falar com ele.

Ela volta a dançar. E eu fico pensando no que falar. Por entre os dentes, ela balbucia: fala logo! Te mato! Manda em mim de novo. Daí a pouco estou eu fazendo dê-erre.

Ouço daqui, ouço acolá, tento falar e não me vem nada a cabeça. Ela? Ah, ela aparece na janela dançando o eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero tchu, tcha, tcha, tchu... nessa parte mais rítmica, ela cai. Já viram uma girafa caindo? Eu vi. Nesse dia. O povo que a levantou do chão, até ficaram de costas para o palco. O show – a partir dali – acontecia ao lado deles. Todas as músicas que se seguiram, tinham uma dancinha. Para não cair ela tirou os sapatos e lá pelas tantas, era eu quem estava dando show junto. Na rua. E de graça. A nossa química bateu, o nosso amor aconteceu, se tem alguém que lhe quer bem, esse alguém sou eu, cola meu corpo com o seu, ser personagem do prazer, ou simplesmente ser alguém na sua vida. Vem cá, pode chegar,deixa de besteira, sou todo seu, todo seu, todo seu[...]

Sentamos, fomos comer: dois omeletes, um lanche, uma coca e mais uma cerveja.
- Vamos embora?
- Nem na bala, não vim aqui prá dormir!

Enfo.

Fui-me né. Dei entrada no hotel e lá pelas tantas, ela chega cantando Vem cá, pode chegar,deixa de besteira, sou todo seu, todo seu, todo seu[...]. Ela não dorme, não deixa a gente dormir e ainda consegui cair da cama: ora para o lado direito, ora pela frente. Lembra de um causo, levanta, abre a janela, conta, requebra, lembra que tem que tirar as lentes, volta dando um duplo mortal carpado e apaga.

Graças a Deus!

Acordamos a tarde, com um frio, frio, saímos para tomar café, pulamos o almoço, tomamos sorvete e fomos caçar o que fazer. Primeiro, procurar uma meia calça (meia fina), mas por mais incrível que possa parecer, a cidade não sabe o que é. Perguntaram-me se era uma calça pela metade, se era de vestir e quando disseram que sim, me deram uma meia Kendall média compressão. Blé!

A noite fomos em um bar, foto, outro bar, mais foto e depois uma boate que estava tocando sertanejo universitário. Entramos ao som de tumtsitum, tumtsitum, tumtsitum. É... o sertanejo deles também é diferente dos nossos, aqui essa batida se chama Techno.

Madrugada, fome, eu quero comer cachorro quente, tá?  - enfezei. Rodamos tudo quantuá, na cidade não vende cachorro quente além de meia fina. O cansaço chegou e vam’bora?
- Nem na bala  - ela me respondeu – não vim aqui prá dormir. Vai pagar a diária do hotel sozinha, porque daqui não saio.
- Ó – estiquei o polegar prá ela – beleza então.

Lá pelas tantas, ‘invém’ o trem, se desculpando que estava chegando aquela hora, porque o povo não quis ficar. Aquela hora eram umas sete da matina. Entra, acende a luz, conta outro causo de dentro do banheiro, sai, troca de roupa, deita e não consegue ficar quieta. Levanta, vê um filtro solar fotoequilíbrio fator 40  em cima da mesa, não se agüenta de graça e ri até cair no chão. Levanta, continua zombando, deita, ri. ZzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzz.

Acorda dizendo que DETESTA ir embora. Desvira o sutiã que está em cima da mala, veste, arruma a bagunça, faz o check out e volta falaaaaando e combinando a próxima viagem.

- Quero ser comediante!
- To desperdiçada.
- E vou cobrar!

E me olha.

Vem cá, e eu já tô te devendo?




Ó assim: amo você

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Longe dos olhos mas perto do coração

[...] “ fazemos tudo o que um homem faz e de salto alto” é o término de um texto que já foi reescrito de diversas formas para vangloriar a independência feminina. Eu mesma sou a cara de muitas dessas versões, mas ando querendo passar essa minha cara prá frente. Não sou dona de casa, mas já fui, não sou mulher de nenhum marido, mas já fui, não lavo, não passo e não cozinho, mas já fiz tudo isso e usei muitos e longos finais de semana para descansar quando era possível, pois abria a despensa e via que tinha que fazer compras, abria o caderno e me lembrava de um trabalho da faculdade, consultava a agenda e via que tinha um lembrete de mim pra mim dizendo que aquele final de semana era o último da minha faxineira e como o marido dela era meu jardineiro, eu também ficaria sem ambos e quando tudo parecia declinar, ainda tive que entregar a casa onde morava e aiaiaiuiuiui procurar um novo lar. Namorar? Que jeito? Eu mal agüentava ir pra faculdade, levantava 05h30 da manhã, viajava uns 20km para ir trabalhar, chegava em cima da hora na faculdade e no retorno para casa ainda tinha que estudar para uma provinha oral básica de inglês pro’outro dia. Eita lelê: lerê, lerê, lerê, lerê, lerê.
Poxa, deixa eu falar uma coisa: não era mais legal quando o homem provia algumas dessas muitas coisas enquanto a gente cuidava de outras? Agora além dos serviços, dos estudos, dos filhos, da família, você ainda tem que ir atrás de independência financeira, moral, social para se sentir igual? Maior? Melhor?

Ó, tenho maior orgulho da vida que levei dos 21 aos 30. Mas além de batalhar e correr atrás eu sofri demaissss da conta. Mas demais mesmo. Sob muitos aspectos. E fui feliz sim, claro, porque para mim felicidade é estado de espírito, mas querer ser maior, igual que eles? Por que? Prá que? Ó, dá não hein?

Prefiro deixá-los trocar o pneu do carro, cortejar-nos, ser o provedor, acender uma churrasqueira , ou seja, cumprir a parte que lhes cabe, porque a ultima vez que fui acender uma churrasqueira, gentem.... primeiro que não entendo de arrumar o carvão no fundo, depois fazer um castelo, aí coloca fogo, bana, colocar gordura quente, bana de novo. Tudo isso foi-me dito depois das duas explosões que provoquei, com direito a voar a gordura na parede e enfumaçar tudo ao nosso redor. Depois que eu achava que a churrasqueira estava acesa, danei a cobrir toda a grelha de carne, um queijinho, mais gordura, pão de alho e vamos banar minha gente. Bana de cá, bana de lá, o queijo derreteu, o pãozinho de alho ficou pronto e resolvi começar a comer já que eram quase quatro da tarde e eu estava desde as 13h30 pelejando com a dita cuja. Enquanto comia, olhava de soslaio para a churrasqueira e só quando tudo enfumaçou de novo, vi que a churrasqueira tinha apagado fazia é tempo e a bonita aqui estava era espalhando a fumaça. Tira tudo da grelha, amontoa o carvão, dá-lhe álcool e POW! Mais uma explosão e lá vamos nós tentar assar a carne. Eram uma cinco e meia da tarde quando eu e aquele de bando de mulheres independentes cansamos da nossa empreitada e resolvemos comer o queijo cru mesmo, junto com o pão de alho com gosto de fumaça e hum... hum...e abrir o pote de sorvete com o bolo, ambos comprados prontos, porque claro, alguma coisa tinha que dar certo.




Pelo menos a cerveja estava gelada e meu salto anabela me colocara na altura que gosto de ficar. Mas vamos combinar, se eu estivesse descalça tinha visto mais de perto, não somente dentro da churrasqueira, mas também de que toda aquela situação teria sido evitada se tivéssemos em nossa companhia o motivo da conversa naquela tarde ensolarada encoberta pela nossa tentativa de viver um pouco longe deles.
Nínive não está defendendoe nem julgando. Só sendo romântica.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Especialista em generalidades

Diego Fernandes bem sabe que toda vez sou barrada no portão de embarque. É minha sandália com fivela, é meu cinto, é minha lingerie de zíper. Aí me dão um propré pra eu atravessar descalça ou me colocam na inspeção com os braços a la Jesus Cristo, frente e verso.

Adoro viajar e ter um causo já faz parte do processo emocional da coisa. Quando emiti meus bilhetes fiquei conferindo-os uns dois dias. De tanto conferir decorei o localizador. Foi até bom...Até a metade do caminho fui com uma amiga e de lá segui pra Vitória. Ir para lá me fez reviver a emoção de quando cheguei. E de quando vim embora. Curto nostalgias veementemente. Passei dias agradabilíssimos, fui muitíssima bem tratada e ri horrores. Sai de lá chorando. Não podia ser diferente. Eu queria ver todo mundo e vi. Todo mundo que eu queria ver eu vi e não fiquei mais por falta de oportunidade. Ah e também por causa de um caldo que tomei. E também porque me queimei nas coxas e nas costas. – Bem feito, me disse o Warley, me dando uns tapas no local queimado.



Dormi cedo, acordei cedo e fui a praia quase todos os dias, mesmo a chuva ameaçando cair. Ela caia e tá a bonita na praia sendo burlada. Mineiro num tem disso não. Guarda sol serve também para guardar a chuva, uai.

Não fiz compras, ganhei presentes e trouxe muitas fotos de recordação. Cheguei renovada e alegre. Mas só eu. As bonitas das minhas malas foram dar uma voltinha em Salvador e devem chegar qualquer dia desses aí. Isso são detalhes perto do bate papo cabeça que tive em Camburi a la Itaipava. Especialista em generalidades. Essa foi a melhor. Só esqueci de dizer - ou reforçar - que sou formada em Secretariado Executivo Trilingue onde se ensina a multidisciplinaridade da função e do exercício da profissão. Agora tenho diploma reconhecido pelo MEC nessa área. Estudei direito, economia, marketing, arquivo, recursos humanos, matemática financeira, protocolo e cerimonial ... etecetera, etecetera. Tá?

Certo dia me falaram que eu tenho o vocabulário vasto. Também já me falaram que eu falo difícil e em uma briga de casal, um namorado boliviano disse que las palabras que salen de mi boca eran demasiado loco.



Doida não nego, aliás não nego nem que não sei ler mapa. Mas é nada de nada mes-mo. Vôo baixo nesse quesito e por força profissional sambo dentro da roupa quando me perguntam onde a Cia Aérea que trabalho não voa na Ásia. Vem cá, isso é pergunta que se faça? Não dá pra perguntar pra’onde voa? Tudo bem que eu vou sempre responder: para a América do Sul, Europa, Estados Unidos e uma parte da Ásia. Agora, me perguntar em que parte não voa, está me humilhando demais não acha não?
Eu acho, até porque to mais preocupada em saber onde fica Salvador no mapa, pra eu trocar de lugar com a minha bagagem. Quando descobrir, vai que compensa ser especialista em generalidades.

Nínive sorria, você vai sim prá Bahia!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eu nunca


Para ganhar aquele brinquedo que faz bolinhas de salão, prometi há uns bons anos atrás:
- Pai se o senhor comprar prá mim eu nunca mais vou te pedir nada!

De soslaio, me olhou e respondeu:
- Ah quem dera!
- É verdade. Nunca mais.

Ganhei.

Na adolescência, dei um faniquito aqui em casa que queria porque queria uma bolsa que tinha visto no Shopping e ai ai ai Pai, por favor, há tempos que o senhor não me dá nenhum presente e eu pre-ci-so daquela bolsa, ela é a coisa mais linda que eu já vi,vamos lá no Shopping só pro senhor ver. Arrumei um falatório sem fim e vencido pela insistência, fomos. Chegando lá, a bolsa já reservada e eu:
- Mãe, ela não é linda, olha só, ai por favor Pai, a moça dividi e se o senhor levar a carteira nem vai ficar caro, ai Pai por favor, eu não te peço mais nada esse ano. Nunca mais.


Ganhei.

Agora, mais velha e já manjada com esses meus Eu Nunca, sou a primeira a puxar a brincadeira na roda de amigos. Funciona assim. Eu falo: eu nunca andei de elevador. Quem já andou, bebe. Como não tem graça brincar assim,a brincadeira começa sob outro ponto de vista:
- Eu nunca fiz streaptease.

De umas setes pessoas na mesa, umas seis bebe, menos o novato que ao invés de beber ooo-u não beber, começa a perguntar pra quem foi feito, quando e porque.
- Bem, ou você bebe ou não bebe, não tem o porque, responde uma de nós.
- Eu nunca fumei.

A metade da mesa bebe.
O dito cujo: - mas você já fumou, mas você não fuma, já fumou o que?

Paramos a brincadeira e resolvemos deixá-la mais clara.
- Beeem, a brincadeira é assim: você fala alguma coisa que você fez ou que você não fez. Se você fez o que falou, ou que o outro da mesa falou, você bebe. Se você não fez o que falou ou o que o outro não falou, você não bebe, entendeu?

- Zzzzzzzzzzzzzzzzzz.
- Eu nunca fiquei com ex marido.

O próprio: - Você bebeu? Então você já ficou? Mas você não está separada há pouco tempo? Quem terminou o casamento?
- Filho de Deus, sem "DR", desse jeito vamos ter que brincar de vaca amarela antes de brincar de Eu Nunca, droga!

- Zzzzzzzzzzzzzzzzz.

- Eu nunca fiz amor no canavial.


- Mas no canavial? Gente deixa eu falar uma coisa prá vocês, aquilo lá parece um labirinto, você pode ficar doido senão conseguir sair, porque canavial não tem trilha, é tudo igual e .... gente, mas no canavial, é bom mesmo?

Amigas queridas do Core, vamos demitir nosso amigo da brincadeira e aproveitar o ensejo e dizer pra outra lá que basta ela beber, mostrar o derriére também não faz parte do Eu Nunca.


Nínive abriu o coração e entornou o caneco. Uh!