Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


domingo, 9 de junho de 2013

Meu 1º Concurso de Dança

Fomos pra Santa Rosa porque meu namoro seria o júri principal do Concurso de Dança.
Até chegar lá eu não sabia que poderia ter levado meu parceiro e feito a inscrição. Apesar dele ter dito que qualquer um poderia participar, ele não disse que eu poderia.
Lógico que desci um bicão quando vi que ficaria na mesa sozinha.
Quando o Concurso iria começar, Henrique chegou dizendo que o Carlinhos tinha chegado e que iria dançar comigo.
Nos inscrevemos e na pista de dança, o casal de número 12 - nós - ficamos sabendo que as premiações eram em dinheiro - 1º lugar 500,00; 2º lugar 300,00; 3º lugar 200,00 e 4º lugar 100,00. E os ritmos eram arrocha, samba de gafieira e forró. 
Ouvimos as instruções e uma delas era que dançássemos em sentido anti-horário para não haver atropelamento em pleno concurso. Moleza, pensei!
Com jeitinho, gingadinho, dançamos o arrocha e quando passávamos na frente do júri eu realmente me exibia. Faltei piscar, mas achei melhor fazer charme e esperar o próximo ritmo.
Samba de gafieira. Oi? Assim que fiquei de costas pro júri cochichei: devagar que sou iniciante. Ele: o que você saber fazer? Eu: Han?
Fomos pro fundo do salão e treinamos o gancho, passamos na frente do juri e executamos. Fomos pro fundo de novo e treinamos o facão. Fomos pra frente do juri e mandei o facão junto com um beijo pro Môti e quando a gente ia treinar o próximo passo a música acabou.
Forró: ah moleza. Dois prá lá e dois prá cá, leque, chuveiro, giro, charminho e tchan; pose de artista no final da música.
Quando acabamos eu estava dissorando, com o coração na garganta e querendo jogar o lenço no chão pra dar um desmaio.
Dos 13, 6 seriam classificados e depois de mais um ritmo, os 4 vencedores.
Dei uma olhada geral na galera e parecia que só eu estava botando os bofes pra fora. Mas confiei na piscadela e no meu falcão beijoqueiro.
Em uma sociedade onde lidamos com nepotismo e o 'quem indica', tive certeza que o Bem garantiria o nosso Dia dos Namorados. Até porque havia mais 3 pessoas no júri e claro que uma delas há de ter visto meu brilho. Estava até me conformando com o 4º lugar quando escutei minha desclassificação. Saindo com um sorriso de Miss e dando tchauzinho, vi aquela dinheirama toda sendo dada aos que dançaram melhor, aos vencedores.
De volta à mesa, ganhei do namoro um beijo, um licor de Jenipapo e uma aula particular.
Risos a parte junte esses três itens em um dia só?
Vai dar samba não vai?
Agora vai!

Nínive precisa fazer mais aulas de dança.


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Parabéns pela coragem de participar do primeiro concurso, independente da classificação.

    Afinal $500, são apenas $500 (bem que dava para umas cervas, né não?).

    Outros virão (de $500, $1000, $1050...).

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Agradeço de coração a você que me lê e que expressa em palavras sua demonstração de afeto e carinho. É um prazer receber a sua visita. Muah!